Já parou para pensar que nossas experiências podem ser limitadas por tudo aquilo que consideramos “aceitável”? Julia, aos 30 anos, nunca foi do tipo “recatada e do lar”, mas suas vivências sexuais seguiam um padrão convencional, digamos.
Tudo mudou radicalmente, porém — inclusive sua visão sobre a vida e o prazer — durante uma viagem a Amsterdã, na Holanda, quando teve uma experiência libertadora que a fez questionar suas próprias limitações.
Durante essa viagem, Julia conheceu Ralph e Marta, um casal que vivia uma dinâmica não-convencional em um aplicativo de relacionamento. Ralph, um italiano descendente de libaneses, e Marta, nascida e criada em Luxemburgo, mantinham uma relação aberta, na qual a presença constante de uma terceira pessoa era parte integral de suas aventuras íntimas.
A princípio, Julia estava curiosa e um tanto fascinada pela liberdade com que os dois abordavam o sexo e os relacionamentos, e topou encontrá-los — mas não fazia a mínima ideia no que aquilo iria dar. Ela avisou os amigos sobre o que estava acontecendo, repassou todos os contatos e as redes sociais do casal e lá foi ela ao encontro deles.
Os três se conheceram em clima de celebração, em uma balada BDSM, sigla para “Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo”. Embora não estivessem ali para praticar sexo ativamente, o ambiente e a energia das pessoas naquele lugar deixaram o clima mais propenso para experimentações.
A atmosfera carregada de sensualidade e exploração fez com que o trio se conectasse de maneira intensa e imediata, e eles decidiram ir para a casa do casal, já que Julia estava hospedada no hotel com sua mãe e seu padrasto.
Quando chegaram em casa, Marta revelou que não estava no clima para participar naquela noite, mas que ficaria encantada em assistir Julia e Ralph. Julia, embora um pouco surpresa, aceitou a proposta.
A experiência não foi apenas inesperada para a brasileira, foi também profundamente libertadora. O prazer de se ver observada e o ato de explorar novas dinâmicas despertaram em Julia uma sensação de liberdade que ela nunca havia experimentado antes.
Meses depois, quando Julia já havia retornado ao Brasil, Ralph e Marta decidiram visitá-la. O encontro trouxe a oportunidade de reviver aquela experiência única, e também abriu portas para novas descobertas.
Ao receber o casal em sua casa, Julia teve a chance de testar uma nova faceta da dinâmica a três, ao compartilhar uma experiência íntima com Marta.
Essa nova aventura trouxe uma camada adicional de exploração para Julia, permitindo-lhe descobrir uma conexão e um prazer que ela nunca havia imaginado em sua vida. A noite com Marta revelou uma nova dimensão na vida de Julia. Embora não tenha se entendido ali como uma mulher lésbica ou bissexual, Julia viu que é uma pessoa heterossexual verdadeiramente livre e sem rótulos.
A interação entre as duas transcendeu o simples ato sexual: proporcionou uma ligação emocional e íntima que abriu os horizontes de Julia a respeito de si mesma e sobre o que é possível em um relacionamento.
A ausência de ciúmes e o entendimento mútuo sobre a liberdade e o prazer mostraram que a verdadeira riqueza estava na exploração sem julgamentos e na aceitação das próprias necessidades e desejos.
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