Você já ouviu falar na barreira cutânea? Nascemos com esse escudo natural para a pele que atua contra agentes externos, irritações e até o envelhecimento precoce. Ele é tão bom que até parece imbatível ‒ mas não é. Precisamos mantê-lo íntegro a partir de um bom skincare e de hábitos saudáveis. Vem entender tudo para não errar!
O que é a barreira cutânea?
Sucesso entre as criadoras de conteúdo e o mercado de beleza, a barreira cutânea é estudada há décadas por especialistas na dermatologia.
Ela é a camada mais exposta da pele e é composta por gorduras – principalmente ceramidas – e ácidos graxos. Tem a função de proteger a pele das agressões externas, preservando sua hidratação. Ou seja, uma pele com a barreira cutânea saudável não possui acnes ou outras doenças dermatológicas.
O que acaba com a saúde da barreira cutânea
Mas a barreira cutânea não é invencível. A saúde dela pode virar de cabeça para baixo se não houver cuidados com a pele e seus hábitos.
Entre os fatores que a impactam estão banhos excessivos e quentes, uso exagerado de sabonete, esfregar a pele com bucha, uso inadequado de ácidos, alterações bruscas de temperatura e utilização de produtos que causam irritação à pele, segundo as médicas Renata Sitonio, especialista em tratamentos corporais em Harvard, e Fátima Tubini.
Questões genéticas também entram na conta. Se a sua família possui histórico de dermatite, é mais provável que você tenha, por exemplo.
Além disso, tabagismo, poluição, alimentação com alto índice glicêmico e rica em ultraprocessados, estresse e falta de sono são capazes de comprometer a saúde da sua pele.
“Sabemos que doenças inflamatórias podem ser causadas por hábitos alimentares e de vida. Eles podem comprometer a integridade da barreira cutânea e predispor ao aparecimento de doenças inflamatórias”, afirma.
Sinais de que sua barreira cutânea está comprometida
Quando sua barreira cutânea não vai bem, ela dá sinais. O mais comum entre eles é o eczema, de acordo com a médica. “Ele é caracterizado por descamação, ressecamento e vermelhidão”, esclarece. Em outros casos, também é possível observar irritação da pele como um todo, além de coceira, vermelhidão e até as famosas espinhas.
As ceramidas são importantes demais!
Se a barreira cutânea é tão incrível, parte dessa maravilha se deve às ceramidas. Elas são lipídios e mantêm a integridade, qualidade e hidratação da nossa pele. Amou? Pois entenda como isso acontece.
“As ceramidas ajudam a reter a água na pele. Sem elas, a pele perde muita água para o meio externo, o que é diferente de suar, e ocorre desidratação e inflamação da pele”, pontua Renata.
Como ter uma barreira cutânea saudável?
Você quer uma barreira cutânea saudável e que te proteja dos males externos, certo? Todos queremos, é fato! Para isso, é preciso adotar hábitos saudáveis no dia a dia.
Com uma boa qualidade de sono, alimentação saudável e uma rotina de cuidados com a pele fiel, que englobe limpeza, hidratação e proteção solar, você verá uma melhora significativa na cútis.
Ao evitar o estresse e fumar também será possível colher bons resultados. Já em relação aos cuidados específicos, Fátima dá o tom: “evite banhos quentes e demorados, que podem remover o manto lipídico natural da pele, use sabonete apenas nas regiões onde há odor, como axilas, genitais e pés, e sempre hidrate a pele adequadamente após o banho”.
Renata complementa indicando não usar adstringentes e nem esfoliar a pele exageradamente. “Adicione um filtro solar na sua rotina e tenha uma dieta rica em legumes, verduras, frutas e muita água”, acrescenta, Agora é só seguir!
Impacto do envelhecimento na barreira cutânea
Antes disso, vale ressaltar que o envelhecimento tem uma ação direta na barreira cutânea. É que, com o passar do tempo, existe uma diminuição da produção de óleos graxos essenciais no sebo da pele, o que a torna mais ressecada.
“A barreira cutânea vai ficando mais fina, possuindo menor quantidade de lipídios, dentre eles, as ceramidas, proteínas e até células”, diz Renata.
Outro fator está relacionado ao acúmulo de sol que tomamos durante a vida. “Além da própria idade, o que chamamos de envelhecimento intrínseco, a exposição ao sol acelera essas modificações.”
Para minimizar esses efeitos do envelhecimento, Fátima recomenda começar cedo a adotar medidas como reduzir a exposição solar, manter hábitos de vida saudáveis e hidratar bem a pele.
“É fundamental usar um hidratante específico para o seu tipo de pele nos três primeiros minutos após o banho e seguir os cuidados mencionados anteriormente”, pontua. Não esqueça da fotoproteção para não diminuir as perdas de lipídeos e proteínas!
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