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Raissa Santana quer mostrar que mulheres negras podem tudo

A jovem de 21 anos contou que representatividade é uma de suas principais bandeiras.

Por Priscila Doneda
Atualizado em 15 abr 2024, 08h51 - Publicado em 4 out 2016, 13h05
 (Lucas Ismael/Divulgação)
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Nascida na Bahia, Raissa Santana se mudou, aos seis anos, para o Paraná, sendo esse o estado que a Miss Brasil 2016 simbolizou na disputa, que aconteceu no dia 1° de outubro, em São Paulo. Com apenas 21 anos de idade, a modelo e estudante de marketing é a segunda negra a ser coroada em 62 anos de história do tradicional concurso (a primeira foi Deise Nunes, a Miss Brasil 1986). “Faz 30 anos que uma mulher negra não é eleita e eu me sinto muito orgulhosa e feliz em poder representar não só a beleza negra, mas todas as mulheres”, conta.

Lucas Ismael/Divulgação Miss Brasil BE Emotion Lucas Ismael/Divulgação Miss Brasil BE Emotion

Apesar de, historicamente, o Miss Brasil não representar grande parte das brasileiras, neste ano, a diversidade esteve muito mais presente no concurso. Das 27 candidatas, seis eram belíssimas negras – e o número impressionou. Na opinião de Raissa, esse panorama foi extremamente positivo. “O nosso país é muito miscigenado e mais da metade da população é negra. Acredito que esse padrão de beleza estava enraizado e esteja sendo quebrado, não só aqui, no Brasil, mas em outros países também“, opina. “Antes, você olhava para os concursos de beleza e sempre via os mesmos tipos de mulheres, eram todas muito parecidas. Hoje em dia, vemos meninas brancas, loiras, morenas, ruivas… Eu acredito e espero que, daqui pra frente, continue assim, com vários perfis bem distribuídos no concurso, com espaço para todas as raças e etnias”, aponta.

Lucas Ismael/Divulgação Miss Brasil BE Emotion Lucas Ismael/Divulgação Miss Brasil BE Emotion

Além disso, a atual Miss Brasil ainda fez questão de reforçar a importância da representatividade em seu reinado. “Eu acho que é muito significativo mostrar a diversidade que o Brasil tem, expor a importância de misturar raças e não ressaltar apenas um padrão de beleza para quem não tem uma referência“, explica. Sobre meninas e mulheres que, anteriormente, não se viam representadas, a coroada é categórica: “Eu vou fazer com que elas se inspirem e se aceitem mais. Hoje, muitas delas ainda não têm um parâmetro. Agora, por eu ser a Miss Brasil, vou ter o poder de incentivar cada uma e mostrar que elas podem, sim, conquistar qualquer coisa: um concurso de beleza, uma carreira, o que quiserem!“.

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Raissa será a representante brasileira no Miss Universo, que acontecerá no dia 30 de janeiro, nas Filipinas. Danielle Marion, do Rio Grande do Norte, e Deise D’anne, do Maranhão, ficaram, respectivamente, em segundo e em terceiro lugar na disputa pela coroa.

Lucas Ismael/Divulgação Miss Brasil BE Emotion Lucas Ismael/Divulgação Miss Brasil BE Emotion

 

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