Ciência comprova: bonecas Barbie afetam a autoestima das meninas
Um estudo norte-americano descobriu o que muitos já suspeitavam: os padrões desumanos da boneca não fazem bem à saúde mental das crianças.
Uma pesquisa divulgada na publicação Body Image confirmou o que todo mundo já sabia sobre a Barbie: o modelo de corpo da boneca faz mal à imagem que as meninas desenvolvem de si mesmas.
De acordo com um levantamento feito pelo site Rehabs.com, as proporções tradicionais da boneca são tão absurdas que, se a Barbie fosse humana, o tamanho diminuto de sua cintura só comportaria um rim, o seu pescoço não seria capaz de sustentar sua própria cabeça e, devido a dimensão de suas pernas e a configuração de seus pés, ela seria obrigada a andar de quatro. Em outras palavras: um padrão literalmente impossível de se alcançar, enquanto ser humano saudável.
Um corpo de Barbie é possível?
A pesquisa publicada agora analisou cientificamente a influência deste tipo de boneca – com formatos de corpos diferentes – na autoestima das crianças. Acompanhando grupos de meninas entre seis e oito anos, os pesquisadores observaram o que acontecia quando as pequenas brincavam, fosse com Barbies tradicionais ou com bonecas inspiradas em Tracy Turnblad, protagonista do musical Hairspray.
O resultado não é surpreendente e vem para reforçar a importância da representatividade: estivessem as bonecas vestidas com biquínis ou roupas do dia-a-dia, ficou claro que as meninas que brincavam com as mais curvilíneas desenvolveram uma visão muito mais positiva de seus corpos.
Em janeiro desse ano, a Mattel lançou o que todo mundo já aguardava há tempos: novos tipos de corpo para sua mais icônica boneca. As meninas não precisam deixar de brincar, mas elas podem, pelo menos, encontrar um brinquedo com o qual elas possam se identificar, sem distorções sobre o próprio corpo.