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Inspire-se na viagem de Anquier e Adriana Alves para Córsega

A atriz e apresentadora conta a CLAUDIA detalhes do passeio de dez dias com o marido chef, Oliver Anquier, pela paradisíaca ilha francesa

Por Gabriela Malta
Atualizado em 18 fev 2020, 12h41 - Publicado em 3 jul 2017, 13h03
 (Acervo Pessoal/Reprodução)
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“A ideia era aproveitar o verão europeu antes do nascimento da nossa primeira filha, Olivia (que chegou em janeiro). A mãe do Olivier é francesa e morou anos na deslumbrante Córsega. Ele já tinha me levado à ilha, mas, como há uma história familiar envolvida, achamos interessante voltar para gravar uma das últimas temporadas do Diário do Olivier, programa que foi exibido pelo canal GNT até maio. Chegamos lá de avião, partindo de Paris, mas outra opção é ir de barco.

A capital da ilha é Ajaccio, cidadezinha com clima descontraído, bem diferente da sisuda Paris. Como é pequena (tem pouco mais de 66 mil habitantes), não conta com as facilidades de destinos turísticos famosos, é claro. Ali, é difícil encontrar alguém que fale inglês, por exemplo. Mas todos são muito solícitos e esforçam-se para entender e ajudar, mesmo com mímica.

Entre junho e agosto, é recomendável reservar os passeios com antecedência nas agências turísticas, principalmente os de barco, já que os visitantes se multiplicam nessa época do ano e lotam as embarcações.

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A região de Piana, ao norte da capital Ajaccio (Reprodução/Getty Images)

Aliás, se você costuma enjoar, vá preparada. Um truque local é esfregar um pouquinho da folha de murti, arbusto da região, na palma das mãos e cheirá-las. Mesmo grávida de três meses, eu aguentei bem.

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O imperador Napoleão Bonaparte nasceu na Córsega. A casa em que morou durante a infância e adolescência foi transformada em museu, a Maison Bonaparte. Mobília, roupas e retratos da família são exibidos ali. Para quem gosta de história, vale a visita.

A 25 quilômetros da capital, fica Ocana, onde está instalada a Corsica Pam, conhecida produtora de óleos essenciais. Sua principal matéria-prima são as ervas aromáticas, em especial a immortelle e a murti.

O óleo de immortelle tem indicações medicinais – características anti-inflamatórias e analgésicas – e também propriedades que combatem o envelhecimento da pele. Já a murti tornou-se um recurso popular para tratar dores estocamais. Em comum, o fato de as duas ervas serem usadas também na culinária: a murti no crème brûlée e a immortelle como tempero de lagosta. Os óleos são vendidos no local. Se for visitar a destilaria, saiba que o cheiro é forte, o que pode incomodar os mais sensíveis.

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Um passeio de 45 minutos de barco a partir da capital leva à Réserve de Saparella, camping luxuoso com maravilhosas tendas à beira-mar. Embora feitas de lona, elas têm camas superconfortáveis. Aproveitamos a visita para uma segunda lua de mel. À tarde, saímos de barco para ver o sol se pondo no mar.

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A ilha ao entardecer (Reprodução/Getty Images)

Os mais variados tons de azul que compõem o Mar Mediterrâneo me deixaram impressionada. Passamos uma noite por lá e ainda jantamos no delicioso restaurante do camping.

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Vista aérea do Mar Mediterrâneo (Reprodução/Getty Images)
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Navegamos até Bonifácio, no extremo sul da ilha, que é separada do norte da Sardenha, na Itália, por um pequeno trecho de mar. Antes de descer em terra firme, você avista uma imensa rocha de calcário. É de tirar o fôlego! Só quando o barco se aproxima do porto dá para ver as casinhas no topo da pedra.

Bonifácio é uma cidade murada, construída na época da ocupação genovense na Córsega. Lá no alto, aguardam os turistas as ruelas com lojinhas e restaurantes. E também uma vista maravilhosa, que você pode admirar do mirante.

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O impressionante rochedo de calcário da chegada a Bonifácio (Reprodução/Getty Images)

Obviamente, com o Olivier, qualquer viagem vira um tour gastronômico. Comemos e bebemos muito bem. Em Cognocoli-Monticchi, no oeste, fica a Vinícola Domaine de Vaccelli, cujo vinho é produzido com uvas cultivadas à beira-mar. Seu sabor é seco, mas frutado.

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Já em Ajaccio, a dica é procurar uma feira de rua frequentada por locais, conversar com os vendedores e experimentar de tudo. Provamos os embutidos córsicos, feitos de carne de porco. Embora menos famosos que a charcutaria espanhola, são tão saborosos quanto. Os queijos regionais também têm muita tradição e costumam ficar maturando por até quatro anos. O sabor é tão alcalino que se recomenda degustá-los acompanhados por geleia de figo ou outro ingrediente doce.

Pouco difundida entre os turistas brasileiros, a Córsega é um paraíso a ser descoberto. Repleta de personalidade, a ilha tem um povo gentil e divertido. E as paisagens garantem um retiro de descanso e muito romance.

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