Ser mulher, sabemos muito bem, não é fácil. Basta olhar os números e dados referentes à violência contra a mulher – agressão, estupro, feminicídio – para entender que, até para sair de casa, uma mulher tem preocupações bem justificadas. De tempos em tempos, surge algum relato de violência ocorrida dentro do transporte público – seja no ônibus, metrô ou trem. E há registros também nos meios de transporte privados, como táxi e Uber.
“Na escala em que operamos, realizando milhões de viagens por semana, os problemas mais feios da nossa sociedade, como o assédio e o racismo, acabam aparecendo no dia a dia das nossas operações”, explica Claudia Woods, diretora-geral da Uber no Brasil. Atualmente são 600 mil pessoas que trabalham como motoristas de Uber em todo o país.
Com o objetivo de combater os casos de assédio e violência contra a mulher no Uber, a empresa firmou um compromisso em novembro de 2018 para criar ações educativas e prestar assistência às vítimas de violência. E nesta semana a empresa lança o Podcast de Respeito, um programa em seis episódios que quer transformar os motoristas de Uber em aliados no combate à violência contra a mulher.
O conteúdo do podcast foi criado pela ONG Promundo, especializada em envolver homens e meninos em trabalhos pela igualdade de gênero. O formato podcast foi escolhido depois de uma pesquisa feita com os motoristas de Uber, que podem ouvir os programas enquanto dirigem.
Os motoristas que ouvirem todos os seis episódios do podcast receberão o selo Compromisso de Respeito às Mulheres. A partir do mês de maio, as usuárias do aplicativo poderão checar se o motorista selecionado para atendê-la recebeu o selo – e, portanto, ouviu o podcast e pôde refletir a respeito da questão da violência contra a mulher.