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Rosewood: invasão criativa e luxuosa na hotelaria em São Paulo

Primeira unidade brasileira da rede seis-estrelas abre com mais de 450 obras de arte em exibição

Por Helena Galante
Atualizado em 22 fev 2022, 21h22 - Publicado em 19 fev 2022, 08h16
Bar Rabo di Galo, do Hotel Rosewood.  (Pedro Dimitrow/Divulgação)
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Em 2014, quando a exposição Made by… Feito por Brasileiros arrebatou os visitantes no antigo Hospital Matarazzo, na Bela Vista, dava para imaginar que os planos do empresário francês Alexandre Allard, que havia comprado o complexo, não eram nada modestos. Ao custo estimado de 15 milhões de reais, a montagem foi uma invasão criativa que adiantou a importância que a arte teria no futuro espaço Cidade Matarazzo. O conjunto completo que irá ocupar a área com lojas, um edifício empresarial e um centro cultural, entre outros empreendimentos, deve ficar pronto no ano que vem, somando um investimento estimado de 2,7 bilhões de reais. Mas já está em pleno funcionamento, e com agenda lotada, ou fully booked, como se diz na hotelaria, o Rosewood São Paulo.

quarto hotel Rosewood
Um dos quartos do Hotel Rosewood São Paulo. (Pedro Dimitrow/Divulgação)

Primeira unidade brasileira da rede seis-estrelas, o hotel ocupa a antiga Maternidade Condessa Filomena Matarazzo, ao lado da Capela Santa Luzia, edifício de 1922 que foi reformado e promete virar endereço dos sonhos para as noivas (um ballroom, ou salão de baile, subterrâneo também entrará em funcionamento). Integrante da categoria ultra-luxury, o Rosewood tem projeto assinado pelo arquiteto Jean Nouvel, ganhador do mais famoso prêmio da sua profissão, o Pritzker, e pelo designer Philippe Starck, apaixonado pela textura de pedras naturais, sempre valorizadas pela iluminação.

banheiro Hotel Rosewood
Detalhe do banheiro luxuoso dos quartos. (Pedro Dimitrow/Divulgação)

Ambos franceses, eles criaram o cenário ideal para 57 artistas brasileiros contemporâneos brilharem: são mais de 450 obras, entre quadros de Vik Muniz na imponente entrada, uma tapeçaria de Regina Silveira e um dos corredores de quartos todo pintado pela muralista Ananda Nahu.

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Mesmo quem não está hospedado por lá pode desfrutar da gastronomia do lugar. Comandada pelo chef Felipe Rodrigues, a equipe da cozinha tem lideranças femininas fortes. Saiko Izawa cuida da confeitaria, Rachel Codreanschi é sous chef executiva e Ana Paula Ulrich responde pela mixologia. São dela os drinques do Rabo di Galo, um dos ambientes mais impressionantes dentre todos os ambientes impressionantes do hotel. Intimista, o bar tem as paredes decoradas por instrumentos musicais, muitos deles indígenas, e o teto desenhado pelo artista plástico Cabelo, com ondas de cores e corpos celestiais voadores, uma referência à sua experiência com ayahuasca.

Ao pegar o elevador Alucinógeno (eles têm nome próprio e obras de arte exclusivas, como a de cogumelos e outras plantas que compõem a “etnografia cultural da flora mágica brasileira” de Walmor Corrêa) é possível ter acesso ao rooftop, onde fica a piscina de azulejos pintados à mão pela artista Sandra Cinto. No skyline paulistano, destaca-se a nova Torre Mata Atlântica, com varandas repletas de árvores como jabuticabeiras e pitangueiras. Ali, funcionarão em breve mais quartos para hóspedes e também apartamentos para moradores. O luxo paulistano nunca foi tão alucinante e encantador.

Três perguntas para o gerente geral do Rosewood São Paulo

Desde a inauguração, que comentário mais ouviu dos hóspedes? Apesar de ter todos os materiais locais, os hóspedes estão convencidos de que tudo foi importado… Não podem acreditar que este projeto está sendo feito no Brasil por brasileiros.

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Qual o maior desafio na gestão de um hotel seis-estrelas em São Paulo? Tentar não ser um hotel de seis estrelas, pois tal não existe. O Rosewood quer mesmo ser reconhecido como uma marca de lifestyle e privilegiar experiências.

Qual o seu espaço preferido no Rosewood São Paulo e por que? Provavelmente a energia das salas de parto (onde nasceram 500.000 bebês) convertidas hoje em suítes de hotel exclusivas… No entanto, a onipresença da arte e da cultura em todos os lugares me faz mudar de ideia diariamente sobre humor e sentimentos.

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