Pela primeira vez na história das Olimpíadas há um time composto somente de atletas refugiados. As origens são muitas: Síria, Sudão do Sul, Etiópia e República Democrática do Congo – mas a jovem Yusra Mardini é um destaque interessante no seleto grupo de 10 integrantes.
No ano passado, em meio às terríveis fugas de cidadãos sírios, Yusra viu o motor do barco em que estava falhar. Dentre outras 20 pessoas também estava sua irmã Sarah e quase ninguém sabia nadar. A decisão de Yusra veio imediatamente: as duas pularam na água congelante do Mediterrâneo para tentar ligar novamente.
A tentativa frustrada levou as irmãs a nadarem puxando o barco por três horas e meia, até chegar em terra firme na ilha grega de Lesbos. Yusra é filha de um técnico de natação e pratica o esporte desde os três anos de idade, contou a jovem para o New York Times.
Pouco tempo depois, ela e Sarah partiram para a Alemanha, chegando em Berlim, onde foram indicadas por uma ONG para participar de um clube. E nove meses depois de tudo isso, Yusra vai competir em uma Olimpíada no primeiro time de refugiados, nos 100 metros borboleta.
Hoje (06), apesar de não ter conquistado uma vaga nas semifinais, Yusra já conquistou fãs pelo mundo todo e sua história merece ser contada. Parece mesmo que essa é a Olimpíada das Olimpíadas, não?