Todo mundo que já foi estudante sabe que o 15 de outubro é o Dia do Professor. Mesmo assim, você provavelmente não faz ideia da razão pela qual essa foi a data escolhida em homenagem aos nossos mestres, certo? Spoiler: ela remete aos séculos 16 e 19.
Para entender essa história, antes de mais nada é preciso saber que em 15 de outubro é comemorado o Dia de Santa Teresa de Ávila. Nascida em Ávila, na Espanha, em 1515, ela era uma grande estudiosa e recebeu o título de “Doutora da Igreja”. Dedicou sua vida à busca por conhecimento – o que não era muito bem visto na época – e também foi responsável pela fundação de diversos carmelos (centros de formação da Ordem do Carmo). Ela morreu em 15 de outubro de 1582 e foi proclamada santa em 1622.
Não por acaso, o dia alusivo a essa santa foi escolhido por Dom Pedro I para baixar o Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil, em 1827. Ele instituiu que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas Escolas de Primeiras Letras”.
Esse decreto apontava normas quanto ao salário dos professores, como eles deviam ser contratados, e também falava das matérias a serem ensinadas. O que na época era chamado Escolas de Primeiras Letras hoje é o que conhecemos por Ensino Fundamental.
A data viria a ser tida como Dia do Professor a partir de 1947, por sugestão do educador paulista Samuel Becker. Além de ser uma homenagem aos mestres, esse dia serve como uma pausa no segundo semestre, destina ao descanso e também à análise quanto aos rumos do final do ano letivo. A ideia de Samuel Becker se popularizou por todo o país nos anos seguintes e o 15 de outubro passou a ser oficialmente considerado feriado escolar nacional em outubro de 1963.