Término de namoro é um pesadelo para qualquer pessoa. Abrir mão da presença, dos pertences, das músicas e das lembranças que a pessoa com quem nos relacionamos trouxe, pode ser muito dolorido. Nunca sabemos quando é a hora de parar e o processo para chegar ao fim da linha é difícil de ser percorrido. Muitas das vezes, sequer percorremos.
Mas, para atingir esse ponto, muitas coisas podem ter acontecido, já que nenhum relacionamento chega ao fim sem uma série de motivos. É o que acreditam os cientistas da Universidade de Utah, dos Estados Unidos, e de Toronto, no Canadá. Para eles há um padrão de comportamento, de acordo com Samantha Joel, líder da pesquisa.
Samantha publicou seu estudo no jornal Social Psychological and Personality Science, onde analisou 477 voluntários. Dentre essas pessoas, haviam solteiros, casados e namorados, onde viviam exatamente o problema da indecisão do relacionamento – ficar ou ir embora?
Após responder uma série de perguntas abertas sobre seus relacionamentos no primeiro experimento, como “quais são os principais motivos que alguém deve considerar na decisão de ficar/deixar alguém?”, os pesquisadores colheram 27 motivos para tentar ficar no relacionamento, e 23 motivos para terminar ele. As razões geralmente foram distância emocional: sentir que o parceiro não possui mais a mesma empolgação habitual do começo, mentiras, traições e desgaste.
Para os casados, houveram razões diferentes para continuar com a relação. Querendo ou não, os pontos que o matrimônio exigem acabaram sendo diferenciais. O tempo de relação, família e moradia foram questões seriamente analisadas. Já os solteiros, agiram mais emocionalmente, exigindo responsabilidade afetiva do parceiro(a).
Os pesquisadores pegaram os dados colhidos nessa primeira pesquisa e converteram em um questionário, que seria entregue a pessoas que estavam com problemas em seus relacionamentos. Todas eram norte-americanas e estavam comprometidas por pelo menos dois anos. Os dados colhidos não mentem: não é fácil permanecer em um relacionamento no qual existe a dúvida entre terminar ou continuar nele.
“Até hoje, a maioria das pesquisas sobre términos focava mais em prever quando um casal ficaria junto ou não, mas não sabíamos muito sobre esse processo de escolha – e quais os fatores que mais pesavam”, disse a cientista. “De uma perspectiva evolutiva, os primeiros humanos achavam que arrumar um parceiro era mais importante que encontrar uma alma gêmea. Por causa disso, pode ser mais fácil começar relacionamentos do que sair deles“, explica.
Por isso, tome cuidado: antes de entrar em um relacionamento, analise todas as possibilidades e principalmente pense bem se vale à pena, pois são mundos diferentes prestes a entrar em conexão. Se não houver tato e sensibilidade, pode haver danos. Fuja deles!
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