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Mundo lembra hoje os 75 anos da liberação de Auschwitz

Não se sabe ao certo o número de vítimas em Auschwitz, mas é aceito que mais de 1 milhão morreram ali.  

Por Ana Claudia Paixão
Atualizado em 27 jan 2020, 13h33 - Publicado em 27 jan 2020, 08h30
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  • Hoje é o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto

    Nesta data, há 75 anos o exército russo chegou ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na região sul da Polônia, e encontrou um cenário tão desumano que até hoje para os pouco mais de 2 mil sobreviventes ainda vivos, é uma dor inimaginável lembrar o que viveram ali.

    Embora os russos tenham liberado cerca de 7 mil prisioneiros, a maior parte deles estava tão debilitada depois de anos de tortura e fome que – de tão doentes – muitos não sobreviveram. É que dias antes, ao perceber o avanço dos aliados, os alemães tentaram destruir as evidências do seu crime. Eles transferiram a maior parte dos presos para outros campos e, como eles se deslocavam no inverno e a pé, quem não conseguiu acompanhar ficou para trás. Para morrer.

    Esses foram os prisioneiros que os russos encontraram no campo de concentração quando chegaram. No total, estima-se que seis milhões de judeus foram mortos na 2ª Guerra Mundial. Não se sabe ao certo o número de vítimas em Auschwitz, mas é aceito que mais de 1 milhão morreram ali.

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    Com o marco dos 75 anos, muitos dos sobreviventes ainda vivos retornaram ao local para homenagear as vítimas da guerra. Muitos deles ainda lembram vividamente a apavorante convivência com Joseph Mengele, conhecido como o anjo da morte e que tinha uma preferência macabra de matar crianças. A maior parte de quem escapou testemunhou famílias inteiras sendo separadas e dizimadas. Um pesadelo repleto de violência e tortura.

    Soviet red army soldiers of the first ukrainian front with liberated prisoners of the auschwitz concentration camp in oswiecim, poland, 1945.

    A sobrevivente Sally Yassy, que hoje vive nos Estados Unidos, chegou a conhecer a jovem Anne Frank, antes que a jovem escritora fosse transferida para outro campo de concentração, onde morreu aos 16 anos. “Ela se parecia comigo, éramos muito novas, ela tinha cabelo mais longo que o meu. Nós conversamos que talvez conseguíssemos encontrar nossos pais, que talvez alguém tivesse sobrevivido”, ela lembrou para o NYPost.

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    Yassy perdeu toda sua família em Auschwitz, só restou um tio. “Quando fui libertada não tinha uma pedra, uma cova para visitar e falar com a minha mãe, chorar e contar o que aconteceu. Estou indo a Auschwitz para honrar todos que morreram”, ela disse.

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