Na última quarta-feira (17), Emmanuel Macron, eleito no começo do mês o novo presidente da França, anunciou os nomes dos ministros que serão parte de seu governo. Dentre eles, estão 11 homens e 11 mulheres. Ao todo, são 18 ministros e quatro sub-secretários dos partidos de direita, de esquerda e de centro.
Macron, que tem uma posição política centrista, escolheu pessoas de posições variadas. Como novo chefe da pasta de Relações Exteriores, o presidente escolheu um dos socialistas mais respeitados da política francesa, Jean-Yves Le Drian, do Partido Socialista, o qual foi também ministro – mas da Defesa – do governo de François Hollande.
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Partindo para outra vertente, o presidente escolheu Bruno Le Maire, do partido de direita Les Républicains (Os Republicanos, em francês), para estar a frente do ministério da Economia. Le Maire, além de concorrer nas primárias da direita para a presidência do país, também é um dos dirigentes do partido.
Como ministra da Defesa, Macron nomeou Sylvie Goulard. A ministra, antiga conselheira do italiano Romano Prodi na Comissão Europeia, é considerada europeísta e, segundo especialistas, trará uma visão mais europeia para os assuntos relacionados à Defesa.
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A política do novo presidente de chamar políticos de três frentes diferentes causou alguns embates e represálias. O Os Republicanos declarou que qualquer político que seja membro do partido e aceite o cargo como ministro do governo de Macron será expulso da legenda de direita. De acordo com a nota publicada pelo grupo, o presidente é ambíguo no debate democrático e, com isso, quer prejudicar a ordem dos partidos franceses. “O país precisa de coerência e clareza”, afirma o partido, que além do ministro Le Maire, tmbém tem Édouard Philippe nomeado no novo governo como premier.