Mãe e bebê protegidos: saiba que vacinas as gestantes devem tomar
E também as vacinas que NÃO PODEM ser tomadas durante a gravidez.
Estar com as vacinas em dia é importante em todas as fases da vida. Além de nos protegerem contra uma ampla variedade de doenças, elas ajudam a preservar a saúde daqueles que, por motivos como imunodeficiência ou alergia a algum componente da vacina, não podem cumprir todo o calendário oficial de vacinação.
Mas uma dúvida muito comum sobre este assunto é: gestantes também podem tomar vacinas? Não só podem como devem! Pelo menos três delas são importantíssimas durante a gravidez e uma pode ser aplicada quando o risco de contrair a doença for alto.
Saiba a seguir quais são elas. E, no final, confira as vacinas que as grávidas não podem tomar.
Influenza (gripe)
Protege a mulher contra o vírus da gripe normal e evita quadros graves, como a internação por bronquite ou pneumonia. Esta vacina pode ser tomada a qualquer momento da gestação ou em até 45 dias após o nascimento do bebê, caso não tenha sido aplicada ao longo da gravidez – importante para ter um pós-parto tranquilo.
A vacina contra a gripe deve ser reaplicada anualmente. Ou seja, mesmo que a gestante tenha sido vacinada anteriormente, deverá receber a dose do ano.
Se precisar de um estímulo extra para tomar esta vacina, aí vai: a gripe durante a gravidez pode aumentar em até 30% o risco de nascimento prematuro do bebê.
Tríplice bacteriana (dTpa – difteria, tétano e coqueluche)
Protege a mãe contra todas estas doenças e o bebê contra o tétano neonatal – doença que pode ser contraída pelo bebê no parto (devido ao uso de instrumentos inadequados ou contaminados para o corte do cordão umbilical) ou após o nascimento (pelo uso de substâncias contaminadas nos cuidados com o coto umbilical).
É indicada para gestantes de 27 a 36 semanas e deve ser tomada em todas as gestações, sem exceção. É que, mesmo que a mulher a tenha tomado dias antes de engravidar, o bebê também precisa receber a imunização.
Hepatite B
É uma vacina importante para a imunização do bebê. Se a mãe transmitir hepatite B para o filho, ele corre um risco enorme de apresentar cirrose hepática e câncer hepático quando adulto.
Pode ser tomada a partir do 2º trimestre da gestação, em três doses.
Febre amarela
Em ocasiões de surto de febre amarela na região em que a gestante morar ou trabalhar, deverá ser avaliado junto ao obstetra o risco-benefício de tomar uma vacina contra a doença.
Via de regra, compensa se proteger, pois o risco da vacina com vírus vivo atenuado para o feto é muito menor do que o risco de complicações para a mãe e para o bebê caso ela contraia a doença.
Se a mulher estiver amamentando e precisar tomar a vacina contra a febre amarela, o aleitamento deverá ser interrompido por 10 dias.
Vacinas que a gestante não pode tomar
Estão vetadas as vacinas de vírus e bactérias vivos: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), varicela (catapora) e BCG (tuberculose). Isso porque a grávida, que está com a imunidade alterada devido à gestação, corre o risco de desenvolver a doença.
Fontes consultadas: Alberto Guimarães (ginecologista e obstetra mestre pela Unifesp), Domingos Mantelli (ginecologista e obstetra, autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra), Patrícia Bretz (ginecologista e obstetra) e Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia)