Começou o período de 60 dias para a entrega da Declaração Anual do Imposto de Renda referente ao ano de 2014. Até 30 de abril, será possível enviar todos os dados. Mas, de acordo com especialistas, quanto antes melhor! Quem entrega a declaração com antecedência, poderá receber antes a restituição, paga de junho a dezembro deste ano.
A Secretaria da Receita Federal divulgou que todos aqueles que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 26.816,55 em 2014 devem prestar contas. A declaração pode ser feita pela internet, em computadores, tablets ou smartphones. Pelo computador, no site da Receita Federal, você deve baixar o Programa Gerador da Declaração, e para dispositivos móveis, já está disponível o aplicativo do IRPF (disponível no Google Play e App Store).
Falta de organização dos documentos, descuidos com os prazos disponíveis e pequenos erros de dados fazem com que muitos caiam na temida malha fina, uma espécie de “peneira” para os processos de declarações que estão com alguma pendência, impossibilitando a sua restituição, e em alguns casos resultando em investigação sobre o declarador por parte da Receita Federal. Listamos quais os erros mais comuns na hora de preencher a ficha.
Não informar o valor do Informe de Rendimentos
Coloque os números exatos iguais aos do Informe de Rendimentos da sua empresa. Não some mês a mês ou pegue os valores do seu extrato. Descontos podem interferir nessa conta. No caso de plano de saúde, entre no site do convênio médico e acompanhe o extrato de imposto de renda. Caso você se baseie nos valores dos boletos, pode incluir sem saber taxas de multas, por exemplo, e preencher incorretamente.
Esquecer de listar empregos e fontes de renda
Deixar de adicionar algum trabalho por ele ter durado pouco é um erro cometido constantemente. Dora Ramos, educadora financeira e especialista em contabilidade e controladoria, explica que muitos colocam apenas o último e o atual lugar em que esteve empregado. “A Receita recebe os lançamentos de todos os lugares que te pagaram durante o ano. Se eles vêm que um dinheiro foi depositado e não foi declarado, o contribuinte pode cair na malha fina”, completa.
Não listar renda de dependentes
Adicionar dependentes é um benefício que a lei permite. “O máximo que você consegue abater é um valor de R$ 2 156,52”, explica Welinton Mota, diretor tributarista do escritório Confirp, em São Paulo. “Filhos podem ser dependentes até os 24 anos, quando estudantes”, afirma. “O que é comum observar é que alguns pais os colocam como dependentes e deixam de informar a renda desse filho, o que faz com que exista um erro no final. Já alguns declarantes adicionam idosos na lista e deixam de declarar que eles recebem alguma aposentadoria ou renda de imóveis”, completa o consultor.
Não preencher a ficha de ganho de capitais
Se você adquiriu um bem, como uma casa, colocar o financiamento com dívida é incorreto. Você deve lançar como validação de patrimônio ou pode fazer a importação de dados de anos anteriores. “Antes de preencher, consulte o programa Ganho de Capital, também no site da Receita, ou um contador”, esclarece Welinton.
Não relacionar valores de aluguéis recebidos
Se você recebe aluguel de imóveis de uma pessoa física, entre em contato para certificar-se que ela vai declarar o valor pago a você. Quando a mediação for feita a partir de uma imobiliária, consulte-a e cheque as informações do locatório. Você também pode solicitar o Dimob, uma espécie de informe de rendimentos, só que para aluguéis, enviado pela própria imobiliária.
Declaração e segurança na internet
Certifique-se de que sua rede está segura. Tenha certeza de que a página que você está navegando é a correta da Receita Federal. O mesmo vale para dispositivos móveis. Baixe somente o app em que o desenvolvedor é o próprio órgão. Na hora de escolher a senha, use letras, números e caracteres especiais. Fazer uma cópia de segurança da declaração também é importante, no caso de o computador ser hackeado.