Fisher-Price faz recall de cadeiras de balanço após morte de bebês
Desde 2009, cerca de 30 bebês morreram em decorrência de queda do equipamento
A marca de produtos infantis Fisher-Price, do grupo americano Mattel, anunciou na noite de sexta-feira (12), o recolhimento de 4,7 milhões de cadeirinhas de balanço automáticas.
A medida foi tomada após autoridades dos Estados Unidos indicarem a morte de mais de 30 bebês desde o lançamento do produto, em 2009. Com um mecanismo que permite simular o movimento de ninar, a cadeira estaria causando o tombo de crianças, devido a uma instabilidade.
A Comissão Americana de Segurança de Produtos de Consumo (CPSC, em inglês) alertou que os compradores de qualquer modelo da “Fisher-Price Rock ‘n roll and Play sleeper” devem fazer a imediata interrupção de seu uso e solicitar reembolso da empresa.
Segundo a Associated Press, o anúncio do recall veio uma semana após o alerta da Comissão em relação ao uso da cadeirinha por crianças maiores de 3 meses, que têm maior probabilidade de conseguir rolar no equipamento, apesar da presença de um cinto de segurança para prender suas cinturas e pernas. Diferente de outros modelos, este não possui uma haste por cima, que poderia impedir a queda.
Estima-se que cerca de 4,7 milhões de cadeirinhas serão cobertas pelo fundo de reembolso criado pela empresa. Cada uma pode custar, em média, entre 40 e 149 dólares (R$ 155 e R$ 577, respectivamente).
No Brasil
Aqui no Brasil, a empresa comunicou na segunda-feira (15) que também realizará o recolhimento dos produtos. Em nota oficial, sua assessoria declarou o seguinte:
“Com essas ações, queremos que os pais em todo o mundo saibam que a segurança sempre será a pedra angular de nossa missão, que estamos comprometidos com esses valores e que continuaremos a priorizar a saúde, a segurança e o bem-estar dos bebês e crianças que usam nossos produtos.”
Ainda assim, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), já deu abertura às investigações. “Caso a fabricante tiver feito recall no exterior, mas não adotar a mesma política no Brasil, não estão descartadas medidas sancionatórias” disse Luciano Timm, titular da Senacon, ao jornal O Globo.
O Inmetro também foi consultado sobre o assunto e informou que planeja se reunir com a Fischer-Price para obter informações sobre a presença dos modelos no Brasil e dos procedimentos que serão adotados aqui, considerando o risco identificado nos Estados Unidos. O órgão explicou que, apesar de não ser regulamentado pelo instituto, o produto está incluído no escopo regulatório.
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