Não existem limites para o amor. Prova disso é que nem todos os relacionamentos precisam ser rotulados. Esse é o caso de uma dentista, uma empresária e uma gerente administrativa cariocas que se amam. Existe um nome para um “casal” de três pessoas? Não, mas na prática e perante a lei, elas foram uma família. A união das três é a primeira união poliafetiva entre mulheres reconhecida em cartório no Brasil. Graças a isso, uma das companheiras conseguiu inserir as outras duas no plano de saúde da empresa.
Além da união estável, elas também possuem testamentos vitais e de bens, segundo informações do 15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro. Elas estão juntas há três anos e agora pensam em ampliar a família com um filho multiparental. Ou seja, a criança será registrada como filho e terá o sobrenome das três mães.
A tabeliã que oficializou a união, Fernanda de Freitas Leitão, conta que, como não há lei que garanta esse tipo de união, ela se baseou no princípio da afetividade e nos fundamentos da Suprema Corte para reconhecer legalmente casais homossexuais.
O caso pede que a justiça olhe com mais cuidado o conceito de família. Se a simples união homoafetiva ainda é tabu, que dirá os relacionamentos poliamorosos, compostos por mais de duas pessoas.
Por aqui, somos a favor do amor em todas suas formas. E você? O que pensa sobre o assunto?