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Ela correu uma maratona menstruada e sem absorvente como forma de protesto

Kiran Gandhi disputou a maratona de Londres em abril de 2015.

Por Andréa Martinelli (colaboradora)
11 ago 2015, 12h27 • Atualizado em 21 jan 2020, 19h53
Reprodução/Instagram @madamegandhi (/)
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  • Se para algumas mulheres a menstruação é sinônimo de constrangimento, definitivamente, para Kiran Gandhi, não é assim.

    Ela se preparou durante um ano para disputar a maratona de Londres em abril de 2015. Kiran ficou menstruada bem no dia da competição e teve duas opções: correr com um absorvente, ou não. Ela escolheu a segunda opção.

    Gandhi correu sem um absorvente e aproveitou para fazer disso uma forma de combater a vergonha e a falta de posição que as mulheres tem na hora de falar sobre a própria menstruação. Segundo ela, as mulheres escondem a menstruação como se ela “não existisse”.

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    Reprodução/Instagram @madamegandhi
    Reprodução/Instagram @madamegandhi ()

    A maratona aconteceu em abril, mas sua história começou a viralizar a ganhar a internet só agora. À época, ela escreveu sobre sua experiência em um blog no Medium: “Enquanto eu corria, eu pensava em como as mulheres e os homens são socializados a fingir que o período menstrual não existe. […] Ao tornar mais difícil falar sobre isso, nós, mulheres, não conseguimos falar sobre isso no trabalho, e não é possível reconhecer as diferenças sociais entre mulheres e homens que devem ser reconhecidas e estabelecidas como aceitáveis. Porque é que as mulheres não reclamam ou falam sobre suas funções corporais? Porque ninguém pode ver isso acontecendo? E porque isso é uma questão importante? É importante porque acontece com todas e acontece agora”.

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    Leave it to resident bad-ass Kiran Gandhi to turn a marathon mis-hap into a silver/red lining. Not only was it my honor…

    Posted by Meredith Baker on Quarta, 22 de julho de 2015

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    Em entrevista à Cosmopolitan, a jovem de 26 anos contou que tomou a decisão em forma de protesto para que as mulheres não tenham vergonha da menstruação. E credita o fato de isso ser um “problema” à misoginia: “Eu tenho a visão de que se os homens tivessem um período menstrual – porque estamos em uma sociedade que privilegia o masculino – , que as regras seriam diferentes no local de trabalho, e que as regras sociais permitiriam que os homens falassem sobre isso livremente no trabalho, em casa, com amigos”, disse ela.

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    Em contrapartida, os dois homens mais importantes na vida de Gandhi – seu irmão e seu pai – estavam na maratona e acompanharam a corrida. Ela não sabia como eles reagiriam, mas quando ela chegou até eles na marca de nove milhas, eles só se preocuparam em abraçá-la e tirar fotos.

    Reprodução/Instagram @madamegandhi
    Reprodução/Instagram @madamegandhi ()

    Em seu blog pessoal, ela escreveu que correr a maratona desta forma foi um desafio e quis passar uma mensagem para o mundo.

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    “Se há uma maneira de transcender a opressão, é correr uma maratona da maneira que você quiser”, escreveu. “Onde o estigma da menstruação de uma mulher é irrelevante, e nós podemos rescrever as regras, como nós escolhemos.”

    E completa:

    “Todo mundo estava correndo com uma missão pessoal. E, de repente, eu senti que estava completamente apropriado eu correr a minha maratona menstruada”.

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