Enfrentar uma troca de escola no meio do ano letivo pode ser uma experiência difícil tanto para os alunos quanto para os pais. Fatores como mudança de endereço, incompatibilidade de metodologias ou mesmo dificuldades de relacionamento podem motivar ou tornar a decisão inevitável. E durante os meses de junho e julho, essas transições se tornam ainda mais comuns.
Para auxiliar os pais, conversamos com Carla Oliveira, pedagoga e diretora do Colégio Anglo 21. Ela elencou dicas práticas que podem tornar essa fase menos problemática. Confira:
1. Avalie a necessidade da mudança
Segundo Carla, quando a situação não envolve casos extremos, como bullying, por exemplo, é válido esperar até o início do ano seguinte para fazer a transferência. “O diálogo é muito importante nesse momento. Problemas com notas ou de relacionamento, por exemplo, podem ser resolvidos com um conjunto de estratégias da escola junto com um acompanhamento mais individualizado da orientação educacional”, afirma.
2. Escute e prepare seu filho
“Quando falamos de mudança de escola entre os adolescentes, levar em consideração a opinião do filho é fundamental”, diz a diretora. Para ela, elencar os pontos positivos e negativos da mudança pode ajudar na transição. “Já quando se trata de crianças mais novas, avaliar esse pontos também é importante, mas a decisão, nesse caso, deve ser dos próprios pais.” Também é importante ser transparente com a criança sobre o que está acontecendo e o por quê de ser assim. Se possível, é legal levá-la para conhecer a escola nova e experimentar a vivência no ambiente.
3. Procure uma escola que ofereça a solução para o motivo da troca
Se a mudança de escola acontece, o objetivo é melhorar algum aspecto na educação do filho. Para isso, a nova instituição deve suprir as fragilidades da última. “Os pais devem procurar um colégio que proponha soluções para o problema que resultou na decisão, senão, será como trocar 6 por meia dúzia”, afirma Carla. No entanto, ela destaca que eles também devem reconhecer que as dificuldades, principalmente quando se trata de desempenho escolar, não melhoram de um dia para o outro. “É um processo que leva tempo e que faz parte da adaptação do aluno com relação à estratégia de ensino da nova escola”, ressalta.
4. Deixe claro para a nova escola o que está procurando
Ao procurar uma nova instituição é preciso ter transparência quanto às expectativas e também dificuldades enfrentadas na instituição anterior para evitar frustrações. “Deixar claro para a nova instituição quais foram os problemas que motivaram a mudança é uma das formas de saber se aquela escola será a melhor opção”, explica Carla.
5. Preocupe-se com a estratégia da escola para a adaptação do aluno
Conhecer como a instituição de ensino recebe novos alunos e se esforça para inseri-lo na turma é determinante para o bem-estar do estudante na adaptação em uma nova escola. “Estudar o aluno para que ele se encaixe melhor em um grupo torna a adaptação mais fácil; além disso, é preciso ter apoio da orientação educacional e estar o mais próximo possível dos familiares”.
6. Acima de tudo, dialogue
Carla afirma que o tempo de adaptação, em geral, costuma durar entre um e dois meses, sendo mais fácil para crianças menores. Caso, ao final desse período, seu filho ainda apresente dificuldades, ela recomenda uma conversa com a escola para entender o que está impedindo a adaptação. O mesmo deve ser feito com os pequenos para que eles possam explicar o que os incomoda. “A tríade escola-criança-família tem que estar sempre conversando. Em todo esse processo, o diálogo é fundamental”, conclui.
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