Gwyneth Paltrow e Eliana tiveram o fim de seus casamentos tornado público na última semana.
Foto: Getty Images / SBT – Divulgação
Ninguém se casa pensando que um dia poderá se separar. Mas isso acontece com frequência. Se o relacionamento vai de mal a pior, você pode se divorciar na hora que quiser – sem dar satisfação a ninguém. Claro que tomar essa decisão não é fácil, ainda mais quando envolve os filhos pequenos. Um dos casais mais “queridinhos” do mundo das celebridades, Gwyneth Paltrow e Chris Martin, vocalista do Coldplay, colocaram, na semana passada, um ponto final na relação após 10 anos de união. A notícia pegou toda a imprensa americana de surpresa, já que os artistas, que são pais de Apple, 9 anos, e Moses, de 7, nunca deram indícios de estarem passando por uma crise. O anúncio do término foi feito pela atriz em seu site oficial, o Goop: “É com os corações cheios de tristeza que nós decidimos nos separar. Analisamos a situação duramente por um ano inteiro, às vezes juntos, às vezes separados, para descobrirmos o que ainda era possível haver entre nós. Chegamos à conclusão de que, por nos amarmos muito, devemos permanecer separados”.
Aqui no Brasil também aconteceu algo parecido. A apresentadora Eliana anunciou aos fãs que seu casamento havia chegado ao fim em fevereiro deste ano. Ela e o empresário João Marcello Bôscoli estavam juntos havia oito anos e moravam na casa dela, em São Paulo. Da união, nasceu Arthur, que hoje tem 2 anos. Eliana sempre foi discreta a respeito de sua vida pessoal, mas desta vez não deu nenhuma brecha nem nos bastidores do trabalho. Segundo pessoas próximas do casal, ambos eram muito ciumentos.
Motivos à parte, claro que Gwyneth e Eliana ficaram mal, assim como qualquer pessoa fica após o final de um casamento. Elas não estão sozinhas! Como muitas outras mulheres em famílias anônimas e famosas, a história das duas envolve uma boa dose de empenho em tentar superar esta fase delicada. Mesmo depois de passar por toda a dor e a tristeza, é possível ficar bem e, acredite, até melhor do que estava durante o casamento cheio de crises. Inspire-se na história das artistas e veja as lições de serenidade da psicóloga Karen Camargo para evitar sofrimento após o divórcio:
Deixe os outros para lá
Aos sentimentos de impotência e frustração costumam somar-se o constrangimento de dizer-se ”divorciada”. Afinal, se você própria acredita não ter sido capaz de ”segurar um casamento”, imagine o que os outros vão pensar. Pois deixe essa insegurança de lado! ”Só os envolvidos podem justificar um divórcio. Ignore as opiniões alheias”, aconselha a psicóloga Karen Camargo, de São Paulo. Uma dica para vencer esse preconceito é espalhar logo a notícia. Dessa forma, você facilita o processo de resignação e retira seu estado civil da condição de vergonhoso.
Dê tempo ao tempo
”Quem se divorcia vive questões muito próximas ao luto. ‘Enterra’ uma série de expectativas não concretizadas, sofrimentos, desilusões”, explica Karen. Portanto, a recuperação não acontece de um dia para o outro. ”Embora o tempo de restabelecimento varie de pessoa para pessoa, de uma maneira geral, um ano é um bom período para se reconstruir a vida”, complementa a psicóloga.
Concentre-se no presente
Enquanto digere os traumas do fim da relação, vá excluindo da sua frente – e da sua vida! – objetos que lembrem o ex. Isso inclui desde uma poltrona até um vestido adorado por ele. Nesse momento de análise da relação e, consequentemente, de si mesma, você também deve dar um novo significado a seus valores, gostos, opiniões e sonhos.
Não tema mudanças
Poucos momentos são tão propícios a transformações pessoais quanto o fim de um relacionamento. Assim, aproveite para cortar os cabelos, arriscar um novo tom de esmalte, comprar um vestido mais justo… Mudanças são bem-vindas, basta respeitar a regra do equilíbrio. Ou seja, não radicalizar de um dia para o outro, mas também não se apegue ao passado como única alternativa de felicidade.
Desabafe sem medo!
Escolha um dia para ser egocêntrica, corra para o colo de uma amiga e descarregue tudo. Abra seu coração e não tema parecer frágil. Se faltar colega disposta a desempenhar o papel de conselheira, faça o mesmo usando papel e caneta. O importante é desabafar!
E as crianças?
Um estudo feito durante 30 anos pela psicóloga americana Mavis Hetherington revelou que 80% de filhos de pais separados superam o trauma e levam uma vida normal. Portanto, não se preocupe exageradamente com as crianças e invista sua energia em superar a situação: se a mãe estiver bem e os pais conseguirem manter uma relação saudável, eles também vencerão o divórcio sem grandes dificuldades.