Ouça seu filho e seja sempre sincera
Foto: Reprodução ANAMARIA
Engolir a timidez e falar de sexo com os filhos só faz bem à família. Eles conhecem melhor o próprio corpo, aprendem a se proteger de doenças sérias e têm informações úteis e confiáveis inclusive para evitar a gravidez antes da hora.
Filhos de pais que topam falar abertamente e criar espaço para papos sobre intimidade também vivenciam a sexualidade de maneira mais natural e têm maturidade para fazer melhores escolhas, sem pressão de amigos. Coloque em prática as lições de Marcos Ribeiro, autor de Conversando com Seu Filho sobre Sexo (Ed. Academia), e repare como pode ser simples falar de um tema que foi tabu no passado.
Espere a hora certa
Evite se antecipar e sair explicando tudo em detalhes, inclusive coisas que a criança ainda nem perguntou.
Fale com naturalidade
Na conversa, explique que o sexo é natural e prazeroso e ninguém deve sentir vergonha disso. Sexo não é pecado.
Transmita segurança
Não adianta dizer que sexo é algo gostoso com a testa franzida, a voz trêmula e o rosto vermelho de tanta vergonha. Seu corpo também fala! E, às vezes, fala mais alto do que as palavras. Por exemplo: um sorriso sincero e amoroso no meio de uma frase pode dizer mais do que uma conversa inteira.
Dê o exemplo
De que vale falar uma coisa e fazer outra? Você pode se matar para ensinar valores. Seu filho vai absorver muito mais aquilo que ele vê você fazer.
Ensine: sexo não é pecado
Reconhecer que o sexo é algo natural entre adultos ajuda seu filho a construir uma visão positiva sobre a sexualidade.
Entenda a pergunta
Primeiro procure saber o que a criança já sabe e depois, se for o caso, complemente. Assim você evita explicações demais, caso a dúvida seja apenas sobre como preencher um formulário na escola com opções de masculino e feminino, por exemplo.
Só responda àquilo que foi perguntado
Responda exatamente à pergunta que seu filho fez, sem aproveitar o momento para dar uma aula ampla sobre ciências. Se ele quiser entender por que o pênis do pai é maior, diga que o tamanho tem a ver com o crescimento do corpo. Quando surgir alguma outra dúvida, deixe que ele venha perguntar.
Fique atenta às suas palavras
Cada família tem seu jeito de falar. E as expressões são diferentes, mudam até conforme a região em que vivem. Inventar ou usar palavras não habituais soa falso. Comece o bate-papo de maneira que a criança entenda e depois empregue os termos científicos, como pênis e vagina, para ela se acostumar.
Não deixe para amanhã…
Em vez de deixar a resposta para outro dia ou enrolar o coitado, seja objetiva e economize palavras. Se não souber a resposta, diga que vai pesquisar. Mas lembre de dar um retorno nem que demore alguns dias.
Seja sempre sincera
Mentiras ajudam a confirmar a ideia de que sexo é um tabu, algo sobre o qual todos têm algo a esconder. Jogue limpo e conquiste a confiança da criança.
Ouça seu filho
Estar pronta para escutá-lo, mesmo que a pergunta pareça bobagem, melhora a comunicação entre vocês. Esses minutos de atenção têm significado especial: vocês aprofundam a amizade.
Esqueça as fantasias
A história da cegonha é romântica, mas não funciona atualmente. Respostas fantásticas estimulam a criação de fantasias que dificultam pensar sobre a realidade e impedem a molecada de conhecer o próprio corpo.
Convide o marido para participar
A educação da criança não é responsabilidade só das mães. Quando os pais entram no jogo, passam outra experiência, a masculina, além de reforçar a identidade de ser homem, caso se trate de um menino. As duas referências são importantes.
Indique uma boa leitura
Para facilitar as coisas, dê ao seu filho um livro sobre sexo. Existem ótimas opções nas livrarias. Nenhuma delas, porém, substitui a conversa entre vocês.