Muito mais do que um mero detalhe entre os preparativos do casamento, o buquê de noiva é um acessório cheio de simbologia, capaz de transformar completamente o visual no momento em que a estrela da cerimônia o carrega. É que, além de fazer uma bela diferença nas fotos, ele pode quebrar a sobriedade de um vestido mais discreto, desviar a atenção dos modelitos mais ousados, servir como ponto de cor vibrante no look, ou então combinar com o tom do vestido da noiva (quem sabe, até mesmo com a decoração).
Enquanto algumas mulheres optam por buquês diferentes, com materiais artificiais e personalizados, outras fazem questão de usar apenas flores naturais na composição. Se você é uma delas, vale considerar alguns pontos antes de investir na sua combinação in natura, já que algumas espécies são mais fáceis do que outras de serem encontradas em determinadas estações do ano.
Clóvis Souza, fundador da Giuliana Flores, explica que as rosas, por exemplo, podem ser usadas durante o ano inteiro, mas é no verão, por gostarem mais de sol e calor, que são vistas e vendidas com mais facilidade. Algumas plantas, como ciclames, orquídeas, azaleias, cravos, begônias e lírios, por sua vez, são mais resistentes às baixas temperaturas, funcionando bem para casamentos realizados durante o outono/inverno. Além das rosas, o beijinho japonês, o crisântemo, a lavanda e a petúnia podem ser outras belas opções para seu buquê de primavera-verão.
Quando o assunto é tendência, Clóvis destaca a peônia, que após fazer bastante sucesso na gringa, entre noivas americanas e europeias, agora desembarca por aqui. Outra aposta certeira é misturar diferentes tipos de flores no mesmo buquê: “A noiva pode ficar à vontade para montar um arranjo com orquídeas, rosas, hortênsias, folhas de eucalipto, entre outros itens”, sugere o especialista.
Vai fazer uma cerimônia clássica? Rosas ou orquídeas servem à proposta. Agora, se seu conto de fadas terá como cenário uma praia, o ideal é apostar em flores do campo ou outras mais exóticas. Com a ajuda de Clóvis, preparamos um calendário sazonal, que combina o mês do ano e as flores correspondentes a ele. Maio, outubro e dezembro são os campeões em matéria de variedade. Confira abaixo:
Janeiro
Antúrio, áster, boca-de-leão, cáspia, cravina e lisianthus;
https://www.instagram.com/p/BjC14OyFLU5/?tagged=lisianthus
Fevereiro
Angélica, áster, cáspia, gladíolo e orquídea;
Março
Angélica, catléia, cravina, gipsófila (ou “mosquitinho”), margarida, áster, papoula e petúnia;
Abril
Camélia, angélica, gipsófila (ou mosquitinho), margarida, gladíolo e strelitzia;
Maio
Azaleia, camélia, crisântemo, gipsófila (mosquitinho), margarida, gladíolo, áster, cravína, cravo, tulipa, orquídea, cymbidium, rosa e tango;
Junho
Angélica, orquídea, cymbidium, strelitzia e tulipa;
Julho
Angélica, orquídea, cymbidium, goivo e tulipa;
Agosto
Copo-de-leite, girassol, goivo, íris e tulipa;
Setembro
Copo-de-leite, estátice, frésia, girassol, goivo, íris, orquídea, oncidium e tulipa;
Outubro
Açucena, begônia, gardênia, margaridinha, miosótis, sempre-viva, copo-de-leite, girassol, lírio branco, tulipa, agapanto, áster, estátice, frésia, gladíolo, boca-de-leão e tango;
Novembro
Antúrio, áster, cáspia, copo-de-leite, gardênia, hortênsia, dália, lírio branco, margaridinha, verbena e boca-de-leão;
Dezembro
Lírio, margaridinha, miosótis, papoula, petúnia, sempre-viva, verbena, crisântemo, dália, gérbera, gipsófila (mosquitinho), girassol e lisianthus.
https://www.instagram.com/p/BEmdAgpIUfF/?tagged=gerberabouquet
Dica de ouro:
Escolher um buquê de flores naturais é estar ciente de que ele é muito mais frágil do que os artificiais. Nem precisamos dizer que todo cuidado é pouco, né? Por isso, Clóvis esclarece que o acessório só poderá ser retirado poucas horas antes do casamento, a fim de evitar que estrague e garantir que ele resista até o fim da festa. Se você não quiser jogar o buquê natural para as convidadas, vale lançar mão de um mais simples, feito especialmente para aquele momento.