Lembre-se: os avós devem ter responsabilidades diferentes das dos pais na educação do bebê
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Os pais devem ter uma relação de respeito, sinceridade e delicadeza com os avós de seus filhos. Quando a criança convive com eles, amplia sua noção de família e ganha a oportunidade de conhecer os mais velhos e de aprender a respeitá-los.
Em algumas famílias, tudo é harmonia. Em outras, existem discordâncias ferozes entre pais e avós. Na maioria, aparecem situações de tensão – normais em qualquer relacionamento – e que precisam ser administradas por ambas as partes.
Esses problemas geralmente começam com os cuidados com o primeiro filho. É comum a avó ou a sogra dar conselhos à mãe principiante. Elas amam os netos, são mais experientes e acreditam ter algo a oferecer. A questão é que a maneira de criar muda muito de uma geração para outra e as divergências costumam causar conflitos. Conselhos não vão faltar. Caberá à mãe ou ao pai expor seu ponto de vista num tom cordial antes de ficar com raiva e explodir. Uma opção é, com delicadeza, fazer afirmações como: “O médico disse para alimentá-lo assim”. É importante os pais lembrarem que cuidarão do filho da sua maneira e que a palavra final sempre caberá a eles.
Ajuda de verdade
Os avós, por sua vez, não precisam ter medo de manifestar suas opiniões. No entanto, é importante que percebam as reações aos seus comentários. Se não forem favoráveis, o melhor é calar a menos que seja uma situação extrema, em que a criança esteja em risco. Para ajudar de modo correto, devem adaptar-se o máximo possível aos métodos adotados pelos pais. Em certas ocasiões, mostra-se mais eficaz agir do que sugerir.
Mimos do vovô
Outro ponto comum de conflitos nesse campo são as vontades feitas pelos avós. Segundo os pais, eles deseducam ao agir desse modo. Porém, não é bem assim. Desde que a segurança das crianças esteja garantida, não há problema em satisfazer os desejos. Os avós têm mesmo responsabilidades diferentes das dos pais na educação. Sempre que eles cuidam dos netos, seja por uma tarde, seja por duas semanas, os pais precisam estar seguros de que vão tratá-los segundo princípios básicos sobre os quais estejam de acordo. Caso contrário, não é aconselhável deixar as crianças com eles. De todo modo, devem aceitar que haverá mudanças na rotina. Nem tudo será feito como se eles estivessem presentes.