Fique de olho na evolução da criança e acompanhe se o desempenho dela melhorou ou piorou
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Ao fim de cada bimestre ou trimestre, a família toda fica orgulhosa dos filhos. Isso, é claro, quando eles voltam pra casa com boas notas. Quando acontece o contrário e as notas estão vermelhas, a chegada do boletim vira um momento de tensão para a família. De um lado, estudantes com medo de levar aquela bronca. Do outro, pais sem saber o que fazer. Tire suas dúvidas para não entrar em pânico e ajude seu filho a sair do vermelho.
Como decifro o que aparece no boletim?
As escolas têm diferentes formas de avaliar os alunos. Em alguns casos, dão notas de 1 a 10; em outros, conceitos (satisfatório e insatisfatório, por exemplo). Informe-se sobre esses critérios.
O desempenho dos colegas é importante?
Sim. Fique de olho na evolução da criança e acompanhe se o desempenho dela melhorou ou piorou. Porém, se a turma toda estiver indo mal na mesma matéria, é preciso avaliar se o problema é mesmo dos estudantes. Nas reuniões, não damos os nomes das crianças, mas posicionamos os pais sobre o aprendizado do grupo. Se a escola não fizer a comunicação, é papel de todos pedir essas informações, alerta Celina Fernandes, coordenadora pedagógica da Escola Castanheiras, em São Paulo.
Deixo de castigo, dou uma dura ou só converso?
Se ele se empenha pouco, seja firme. O melhor é dialogar desde o início do ano. Não converse sobre a escola só quando chegar o boletim, diz Celina. As notas expressam o que ele já aprendeu ou pode aprender.
Qual é o papel da escola na recuperação?
O de esclarecer pais e alunos sobre esse processo. A recuperação não deve ser vista como fracasso, mas como uma oportunidade de aprender. Quanto antes isso ocorrer, melhor. No fim do ano, o risco de reprovação é bem maior, aponta Leda Soares, orientadora educacional do Colégio Rio Branco, em São Paulo.
De que forma os pais podem ajudar o filho a melhorar?
Se o aluno é indisciplinado e recebe uma advertência ou um pedido para mudar de classe, os pais devem apoiar as decisões da escola, explica Leda. É importante cobrar um horário de estudo diário e incentivá-lo a ir às aulas de recuperação. Um jeito simples de ajudá-lo é se tornar parceira: pergunte a ele como foi a aula, se gostou ou se teve dúvidas.
*Texto produzido especialmente para ANAMARIA pela redação da NOVA ESCOLA.