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Cientistas ingleses afirmam que dieta vegana pode salvar 8 milhões de pessoas até 2050

De acordo com pesquisa da Universidade de Oxford, emissão de gases poluentes cairia dois terços e economizaria 1,5 trilhões de dólares em danos ambientais e de saúde

Por Stefanie Silveira (colunista)
Atualizado em 12 abr 2024, 10h09 - Publicado em 1 abr 2016, 16h40
Stepan Popov / Thinkstock (/)
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Uma das razões para que muitas pessoas adotem uma dieta vegetariana ou vegana é a preocupação com o ambiente. Ser ambientalista e ecologista não combina com comer carne e uma pesquisa realizada no Reino Unido, divulgada na última semana, veio para confirmar ainda mais este ponto. De acordo com o estudo realizado na Universidade de Oxford e publicado na revista científica PNAS, a adoção de uma dieta vegana pela população mundial poderia salvar 8 milhões de pessoas até 2050. 

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Uma simples redução no consumo de carne e melhorias nos hábitos alimentares já seriam extremamente impactantes tanto na saúde da população mundial. Cerca de 5 milhões de mortes prematuras seriam evitadas até 2050, se as pessoas seguissem as orientações das organizações de saúde para a alimentação. 

Além disso, os pesquisadores afirmam que uma mudança global poderia ser capaz de reduzir em dois terços a emissão de gases poluentes vindos da produção de alimentos. Outro benefício seria a economia de 1,5 trilhões de dólares em danos ambientais e de saúdeCientistas ingleses afirmam que dieta vegana pode salvar 8 milhões de pessoas até 2050

Para chegar aos resultados, os cientistas simularam quatro diferentes cenários para 2050, entre eles um vegetariano, um vegano e outro com pouquíssima ingestão de frutas e vegetais. De acordo com o pesquisador Martin Springmann, líder do estudo, existem variações geográficas do impacto causado na saúde da população. 

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Segundo ele, a redução no consumo de carne vermelha e no total de calorias ingeridas diariamente foram os fatores que tiveram efeitos mais profundos na América Latina. “As questões regionais apontadas em nosso estudo poderiam ser usadas para determinar intervenções mais apropriadas para a produção e consumo de alimentos em cada local”. 

Os Estados Unidos, por exemplo, seriam o país que mais se beneficiaria de uma mudança na dieta. Lá, se todas as pessoas comessem de acordo com o recomendado pelas organizações de saúde, o país economizaria quase 200 bilhões de dólares ao ano

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Estima-se que as nações ricas consumam duas vezes mais carne do que os países em desenvolvimento. Para entender mais na prática o que a pesquisa propõe como mudanças nos hábitos, seria preciso cortar 56% o consumo de carne, aumentar em 25% o consumo de frutas e verduras e reduzir a quantidade geral de calorias ingeridas em 15%.

Nós não esperamos que todo mundo se torne vegan, mas os impactos das mudanças climáticas causados pelo sistema de produção de alimentos serão difíceis de encarar.

“Adotar dietas mais saudáveis e ambientalmente sustentáveis pode ser um grande passo na direção correta”, afirma Springmann. 

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