Em 2018, a XVI Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais comemorou uma data importante: são 15 anos de existência da marcha, que sempre antecede a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.
No sábado (2), milhares de mulheres refizeram o trajeto original da primeira caminhada, que sempre ocupa parte da Avenida Paulista, sentido Consolação. Este ano começou na Praça Oswaldo Cruz e seguiu até o MASP, onde rolaram shows como o do bloco Siga Bem Caminhoneira.
Com o tema “Somos Marielle: Contra a criminalização da pobreza, o genocídio e a intervenção militar”, um momento muito emocionante foi a chegada de Monica Benício, viúva da vereadora brutalmente executada no dia 14 de março. Por volta das 18h, ela subiu em um dos trios. Bissexual, negra, feminista e militante dos direitos humanos, Marielle foi lembrada em cartazes e discursos do dia, onde estava em pauta a luta contra qualquer tipo de injustiça social, violência e opressão.
Horas antes de começar, muitas minas militantes se reuniram para confeccionar cartazes juntas, e uma creche comunitária e gratuita foi organizada para que as mães pudessem deixar seus filhos.
Vale lembrar que, diferente da Parada, a caminhada não conta com uma diretoria, sendo que a cada ano, diversas frentes militantes se organizam para que o evento aconteça. E, apesar de algumas pautas em comum com a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, como a luta contra o preconceito, as participantes da caminhada buscam dar visibilidade a temas que atingem somente a vida das mulheres.
Mulheres trans também tiveram seu direito de fala reconhecido.
(*com reportagem de Júlia Warken)