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Amor materno é capaz de desenvolver o cérebro dos filhos, diz estudo

Crianças que receberam mais cuidados maternais antes de começarem à frequentar o Jardim de Infância apresentaram um maior crescimento da área do hipocampo, que está associada à nossa capacidade de aprendizagem, memória e emocional

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 28 out 2016, 03h16 - Publicado em 27 abr 2016, 14h32
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Uma pesquisa divulgada em 25 de abril, na publicação Proceedings of the National Academy of Sciences Early Edition, comprovou que o amor materno é capaz de aumentar o crescimento cerebral dos filhos, podendo até dobrar de tamanho, em comparação às crianças que não recebem o afeto necessário de suas mães.

Apesar da influência de outros aspectos como nutrição e estabilidade familiar no desenvolvimento infantil, é a primeira vez que um estudo comprova que a ternura das mães possui impacto tão significativo no tamanho do cérebro dos pequenos. 

Crianças que receberam mais cuidados maternais antes de começarem à frequentar o Jardim de Infância apresentaram um maior crescimento da área do hipocampo, que está associada à nossa capacidade de aprendizagem, memória e emocional. 

Outro indício revelado pelos pesquisadores mostrou que os pequenos que não possuíram uma relação tão intensa com suas mães antes dos seis anos apresentaram dificuldades de aprendizagem, mesmo que nos próximos anos se tenha demonstrado um maior afeto. 

“A pesquisa provou que há uma relação proporcional entre este período de sensibilidade cerebral com o carinho materno,” comentou o Dr. Joan Luby ao portal britânico The Telegraph, um dos estudiosos da Universidade de Washington que também atua na área da psiquiatria infantil no St. Louis Children’s Hospital. 

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“A relação entre mamãe e bebê no período anterior ao Jardim de Infância é vital, talvez até mais importante nessa época do que em outras etapas da infância“, completou ele: “Acreditamos que seja devido à maior plasticidade cerebral dos bebês, o que significa que o cérebro é mais afetado pelas experiências primárias – o que implica na necessidade de mais carinho e apoio nesse período.” 

O estudo analisou 127 crianças desde a época que frequentavam o Jardim de Infância, até a pré-adolescência, comparando seus exames cerebrais regularmente. Os pesquisadores também acompanharam de perto a nutrição das mães e dos filhos, e filmaram as interações e cuidados entre eles. 

Durante as interações, as mães foram desafiadas a cumprir uma tarefa enquanto impediam seus pequenos de abrir um lindo embrulho de presente, essa situação poderia refletir qualquer situação diária em que uma criança pede atenção enquanto sua mãe está ocupada. 

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Aquelas que foram carinhosas, conseguiram não brigar com seus pequenos e completaram a tarefa foram classificadas como as que tratam seus filhos com afeto. 

Nas análises médicas, os estudiosos encontraram que as crianças que as mães foram mais afetuosas possuem o hipocampo até duas vezes maior quando comparados com aqueles que foram tratados de uma maneira um pouco menos carinhosa por suas respectivas cuidadoras. 

Os pesquisadores também descobriram que o crescimento desta área do cérebro é associada a um funcionamento mais saudável do comportamento emocional nos primeiros anos da adolescência dos pequenos. 

“O afeto maternal nos primeiros anos de vida afeta muito o desenvolvimento cerebral infantil”, finalizou Dr. Luby: “O carinho dos familiares também possui impacto positivo nos resultados comportamentais e adaptativos dos pequenos, por isso temos uma razão muito lógica para incentivar os pais a amarem e cuidarem ainda mais de seus filhos na primeira infância.”

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