7 maneiras diferentes de morar fora do Brasil
Já pensou em fazer trabalho voluntário na Tailândia? Ou um estágio na Austrália?
Ter uma experiência internacional é o sonho de muitos brasileiros. Não é à toa que, todos os anos, milhares de pessoas de diferentes idades largam suas rotinas para se aventurar no exterior.
Muito mais do que fazer uma simples viagem para fora do país, fazer um intercâmbio é vivenciar uma nova realidade. Além de ser uma experiência de vida, é algo que agrega também no currículo e, consequentemente, pode trazer benefícios para sua carreira.
Para que tudo isso se realize, basta se concentrar e organizar tudo direitinho. Acredite: em poucos meses você já estará dentro de um avião! E olha, quando o assunto é intercâmbio, as possibilidades são muitas. Então, vamos ~começar do começo~: decidir que tipo de experiência você quer ter!
Estudar um novo idioma
Sabe aquela história de aprender na prática? Pois quando o assunto é aprender um segundo idioma, uma ótima opção é viajar para o país nativo da língua. É uma oportunidade única para conhecer outra cultura, conversar com quem fala aquele idioma desde sempre e ainda enriquecer o seu currículo.
Quando falamos em estudar inglês fora do país, o primeiro lugar que vem à mente são os Estados Unidos. Porém, por conta dos custos menores e da maior facilidade na hora de retirar o visto, o Canadá tem ganhado bastante destaque entre os brasileiros. Além disso, escolher a terra do xarope de bordo como destino tem um bônus que muitos esquecem: lá, você pode aprender duas línguas diferentes, já que o inglês e o francês são os idiomas oficiais. Agora, se seu coração bate mesmo é pelo espanhol, a Espanha é o local preferido dos brasileiros.
Au Pair
Gostar de crianças é o principal requisito para participar deste intercâmbio!
Conhecido por ser mais econômico do que muitas outras opções, o programa de Au Pair normalmente tem a duração de um ano e, durante este tempo, a garota vive na casa de uma família para cuidar das crianças e ainda ajudar com algumas tarefas domésticas.
O trabalho é remunerado, com salário semanal de cerca de 200 dólares. E durante o período do intercâmbio, a Au Pair também tem a possibilidade de fazer um curso no lugar. Bem legal, não é mesmo?
“Eu tranquei a faculdade faltando apenas um ano para me formar e decidi fazer o intercâmbio de Au Pair. Todo mundo me dizia que era loucura largar a família, o namorado e até o emprego para trabalhar de babá nos Estados Unidos, mas eu segui meu sonho de criança e fui viver um ano fora. Não me arrependo de nada! Conheci dez Estados, morei em dois deles, aprendi uma nova língua, fiz amizades de diversos países, estudei inglês e ainda voltei com uma família norte-americana. Cuidei de dois meninos, de 2 anos e um recém-nascido, que mantenho contato mesmo já estando no Brasil. Nos falamos toda semana pelo FaceTime e eles disseram que vêm ao Brasil quando eu me casar. A relação que tive com a minha host family foi a melhor parte do meu intercâmbio” conta Larissa Capriotti, 22 anos.
Curso no exterior
Já pensou em fazer algum curso profissionalizante fora do país? Muitas faculdades internacionais não só oferecem cursos focados em determinadas áreas, como também abrem as portas para intercambistas que buscam uma graduação no exterior. Já imaginou se formar em uma universidade americana bem renomada? Sucesso garantido!
Cada universidade tem um processo diferente de seleção mas, em geral, não há muitos pré-requisitos. Porém, é importante que o candidato tenha um bom domínio da língua nativa do local – inclusive, alguns cursos exigem certificados de proficiência na língua. Afinal, é importante entender todas as aulas, né?
Aliás, se você está matriculada em alguma faculdade brasileira, vale a pena conferir se ela possui algum tipo de convênio com outras universidades fora do país, assim pode ser até mais fácil conseguir sua experiência internacional.
Trabalho Voluntário
Já imaginou embarcar para um destino completamente diferente, como África do Sul, Índia, ou Tailândia, para ajudar em programas de trabalho voluntário? Além de aprender um novo idioma e conviver com uma realidade diferente, você ganha uma experiência única ao trabalhar em prol de uma causa especial!
Os programas de voluntariado são bem variados, tanto no período quanto nas atividades sociais. As opções vão desde trabalho com crianças e em comunidades até cuidados com animais e auxílio na conservação de reservas e proteção do meio ambiente.
“Pode parecer clichê, mas ter passado 45 dias fazendo trabalho voluntário no Sudeste asiático foi uma experiência que eu vou levar pra toda minha vida.
Quando escolhi esse tipo intercâmbio, ainda tão incomum entre os brasileiros, estava procurando uma forma de unir o turismo, o bem social e o aprimoramento no inglês. Foi assim, em sincronia perfeita, que fui dar aula de inglês para crianças na Tailândia.
O choque cultural foi bem grande no começo, já que a cultura tailandesa é bem diferente da brasileira. Após quase 24 horas de voo, o choque já começa pelo idioma (o alfabeto tailandês é bem diferente do nosso) e pela comida (sempre tão apimentada). Apesar disso, foi fácil perceber porque o povo tailandês é conhecido como o ‘povo do sorriso’. Sempre simpáticos e dispostos a ajudar, eles fazem valer as lições de Buda, líder do budismo, religião predominante. Em poucos dias, já tinha me acostumado com a comida e já sabia algumas palavras básicas da língua.
Durante o trabalho voluntário, ensinei inglês para crianças de 6 a 14 anos em Chiang Mai, cidade montanhosa no norte da Tailândia com a segunda maior população do país. E ainda, nos intervalos dessas aulas, passava o tempo ajudando meus amigos voluntários no jardim de infância.
Era preciso ensinar o nosso alfabeto, as palavras básicas e frases que pudessem ajudar no ramo do turismo, tão forte no país. A ideia é que as crianças conseguissem se comunicar com eventuais estrangeiros para melhor atendê-los. Mesmo com a dificuldade de comunicação, o empenho e a animação das crianças era emocionante.
Durante esse período dividi casa com outros 19 voluntários do mundo todo. Foi uma ótima troca de experiência, tenho amigos que sei que vou levar pra vida toda! No final da temporada, ainda tive a oportunidade de viajar pelas ilhas da Tailândia (Bangkok, Koh Chang, Koh Phi Phi, Phuket, Koh Phangan) e pelo Camboja (Siem Reap), país vizinho.
Sou muito feliz de ter passado por essa experiência”, conta André Furegate, 21 anos.
Trabalhar e estudar fora do país
Essa opção de intercâmbio traz o pacote completo! É perfeita principalmente para quem quer aprender um novo idioma e ainda ganhar uma grana, que pode ser usada para custear uma parte da viagem.
Caso você decida fazer um programa de estudo e trabalho no exterior, tenha muita atenção ao seu destino, pois grande parte dos países não permite que intercambistas matriculados em certos tipos de cursos, como o de idiomas, também trabalhem. Os países que mais se destacam por permitir este tipo de intercâmbio são: Austrália, Irlanda, Nova Zelândia e Canadá.
Trabalho na Disney
Sim, dá para trabalhar no mundo mágico do Walt Disney! Poucos sabem, mas a Disney tem vários tipos de programas de trabalho, que levam pessoas do mundo inteiro para ter uma experiência profissional na Walt Disney Company. E, no Brasil, todo o processo é organizado pela STB (Student Travel Bureau).
Alguns dos pré-requisitos para se inscrever no programa são: ter mais de 18 anos, saber falar inglês, ser estudante universitário (cursando entre o segundo e o último período acadêmico) e ter disponibilidade para completá-lo, que dura dois meses e meio.
Apesar do programa só começar de fato em novembro, o processo de seleção é longo e tem início entre os meses de abril e maio. Após fazer a inscrição, o estudante participa de duas palestras e duas entrevistas, ambas em inglês, e a seleção só termina quase no mês de setembro.
Um ponto positivo deste intercâmbio de trabalho é que ele é bastante econômico. O participante deve arcar apenas com as passagens (ida e volta), os gastos do convênio médico e uma taxa equivalente às duas primeiras semanas de hospedagem, que deve ser paga logo que a pessoa é aprovada.
“Me inscrevi para a palestra, mas quase desisti de ir. Meu passaporte não estava renovado (e eles solicitavam aos participantes que levassem o documento para a ocasião) e tinha uma prova na faculdade no dia seguinte. Porém, uma amiga que foi na palestra pela manhã disse que os documentos não estavam sendo pedidos e insistiu para que eu fosse – assim como minha mãe, que me deu uma bronca por querer desistir. Acabou que fui à palestra da noite e logo após do primeiro vídeo exibido (que mostrava um pouco mais sobre a Walt Disney Company) descobri que tinha um novo sonho: trabalhar na Disney. Fiz as duas entrevistas super nervosa (porque sou assim naturalmente) e consegui passar, o que acredito que tenha sido uma das maiores conquistas que tive na vida. Trabalhei na Entertainment Area, que era onde mais queria, e posso dizer que esses dois meses e meio foram a melhor época da minha vida. Consegui morar no mesmo apartamento que minha amiga (a que insistiu para que eu fosse na palestra), trabalhei onde queria, fiz novos amigos, aproveitei muito todos os parques, conheci/trabalhei com pessoas de todo o mundo, ganhei experiência profissional e de vida, coloquei em prática o meu inglês e, não menos importante, pude proporcionar aos frequentadores do parque momentos inesquecíveis.” – Júlia Arneiro, 22 anos.
Veja também: 21 coisas que são proibidas de fazer nos parques da Disney
Estágio no exterior
Que tal fazer um estágio fora do país? Sim, é possível! Muitas agências brasileiras oferecem a oportunidade de se especializar na sua área com uma experiência profissional internacional. Além de incrementar o currículo, você conhece um novo local, com uma cultura diferente.
Os programas são voltados para estudantes e recém-formados e podem durar até 18 meses. O destino da viagem é escolhido de acordo com a sua área de atuação, já que nem todos os países oferecem vagas em todas as áreas. Mas já adiantamos que os países que mais ganham destaque neste tipo de intercâmbio são Estados Unidos e Austrália!
E aí, em qual deles você se aventuraria?