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7 hábitos para ficar em dia com a saúde mental

Neste Dia Mundial da Saúde Mental (10), saiba o que é essencial para você ficar menos estressada e ansiosa

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 12h44 - Publicado em 10 out 2019, 17h29
Mulher feliz aproveitando a luz do dia
 (Westend61/Getty Images)
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Nesta quinta-feira (10), é celebrado o Dia Mundial da Saúde Mental. A data foi criada com o intuito de disseminar informação e tratar cada vez  mais sobre esse tema tão importante para toda a população.

De acordo com um levantamento realizado pela Universidade Federal de São Paulo, em parceria com o Ministério da Saúde, a maior parte dos casos de licença para o tratamento da saúde do Brasil está relacionado a um diagnóstico psiquiátrico.”Entre as 10 principais causas de afastamento do trabalho, cinco estão relacionadas a transtornos mentais, sendo a depressão a causa número um”, explica o psiquiatra Elie Cheniaux, membro da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro.

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No Brasil, a ansiedade, por exemplo, atinge mais de 260 milhões de pessoas. Vale lembrar que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo.

Um estudo realizado pela Vittude, plataforma online voltada para saúde mental, mostra que, das 492.790 pessoas entrevistadas, 86% sofrem com algum transtorno mental. Além disso, a pesquisa aponta que 37% das pessoas estão com estresse extremamente severo, enquanto 59% se encontram em estado de depressão e 63% são severamente ansiosos.

Com isso, é importante que alguns hábitos façam parte da rotina para manter uma mente saudável. Além da psicoterapia, que deve ser feita com um profissional, especialistas também indicam algumas atividades e práticas para estimular o bom funcionamento do cérebro. Confira abaixo:

Jogue xadrez

Jogos que desafiam o cérebro e exigem o raciocínio, como o xadrez, melhoram a comunicação entre os neurônios, o que pode aumentar o QI de quem está jogando. Um estudo realizado pelo The New England Journal of Medicine constatou que pessoas com mais de 75 anos de idade que praticam atividades mentais têm menos probabilidade de desenvolver demência do que os idosos que não praticam esse tipo de jogo.

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Jogar xadrez exercita o cérebro e reduz o estresse
Jogar xadrez exercita o cérebro e reduz o estresse (Pattanaphong Khuankaew / EyeEm/Getty Images)

Leia

Que ler faz bem para o cérebro, já sabíamos. Mas uma pesquisa da Universidade Emory, dos Estados Unidos, descobriu que manter o hábito da leitura reduz em 30% a disfunção do cérebro na velhice, além de proteger contra doenças como o Alzheimer.

A leitura também ajuda a melhorar setores cognitivos, ou seja, as funções mentais responsáveis pela aquisição, organização, interpretação e armazenamento de informações do mundo externo. “Dentre o grande número de funções cognitivas, destacam-se consciência, atenção, orientação, sensopercepção, memória, pensamento e inteligência”, reforça Cheniaux.

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Manter o hábito de leitura reduz a disfunção do cérebro e as chances de desenvolver Alzheimer (Pinterest/Reprodução)

Medite

“Como prática contemplativa e de aquietamento da mente, a meditação oferece tempo para relaxamento e conscientização de nosso estado de maneira focada, oferecendo um maior recurso interno para lidar com um mundo estressante, onde os nossos sentidos são muitas vezes alterados e influenciados negativamente. Com a prática, a meditação tem o potencial não somente de proporcionar um alívio temporário do estresse, mas de transformar nossa maneira de interagir com o mundo”, explica Vivian Wolff, formada em Mindfulness pela Georgetown University Institute for Transformational Leadership, em Washington.

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Segundo ela, a prática de focar no presente e no que estamos fazendo é um grande recurso para o autogerenciamento, para ter consciência das emoções, reduzir o estresse, desenvolver a empatia e, é claro, aumentar o foco e a concentração.

meditação
(Thinkstock/Reprodução)

Diga o que está sentindo

A falta de comunicação pode aumentar a ansiedade e a desestabilidade emocional. De acordo com Elaine Di Sarno, psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, muitas pessoas ainda relacionam a conversa a uma experiência autoritária ou agressiva.

“Isso acaba inibindo futuras interações interpessoais e ainda aumenta a possibilidade da pessoa se tornar introvertida, mesmo que ela não queira”, explica. Expor as emoções, de formas diversas, aciona o campo do cérebro associado aos sentimentos e pode ser eficiente no combate à depressão.

É por isso que manter um acompanhamento com psicólogo e fazer sessões de terapia semanalmente é de extrema importância. Outras vertentes da terapia, como a musicoterapia, também auxiliam na comunicação e são indicadas para quem sofre de distúrbios comunicativos, como a gagueira, por exemplo.

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amor
(641428170/ThinkStock)

Pratique o autodomínio

O nosso cérebro possui um grupo de neurônios que funciona como uma espécie de detector de ameaças. Ele é responsável pelo nosso modo de defesa, de lutar ou fugir de determinadas situações e está intimamente relacionado com as nossas reações e emoções como raiva, medo ou impulso. Ao detectar uma ameaça, esses neurônios entram em alerta e dominam o resto do cérebro.

“Quando entramos nesse modo de interação cerebral dominada, todos os nossos recursos estão focados em avaliar o que é mais importante para superar essa ameaça. Para todo o resto, sobra apenas baixa velocidade cognitiva: perdemos a concentração, nos tornamos reativos, os fatos parecem distorcidos e ficamos mais limitados em nossas ações. Fugir de um tubarão em alto mar é uma questão de sobrevivência.”, explica Vivian Wolff, formada em Mindfulness pela Georgetown University Institute for Transformational Leadership, em Washington.

Para evitar que isso aconteça, é preciso identificar o que causa esse alerta na mente para atingir o autocontrole e dominar a situação.

Felicidade
Conseguir controlar suas emoções reduz o estresse, a depressão e a ansiedade ((Foto: d3sign)/Getty Images)
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Menos é mais

Vivemos, atualmente, em uma sociedade consumista. Porém, o consumo exagerado pode ser um sinal de alerta. Segundo Wolff, muito do nosso sofrimento está no apego e no desejo de possuir mais.

“Quantas vezes alguém sentiu um vazio interno, foi ao shopping, comprou um monte de coisa e voltou para casa com o sentimento de satisfação? Essa sensação é falsa e momentânea. Logo, o vazio volta, pois não são roupas novas que preencherão esta lacuna e tampouco resolverão suas angústias”, aponta a especialista.

Para reverter a compulsão pela compra, é preciso ter autoconhecimento, descobrir suas verdadeiras necessidades e o que realmente é importante para você. Pensando nisso, Wolff aconselha fazer um check list identificando o que há de errado em sua vida para tentar mudar ou resolver o problema, além de pensar nas suas metas e descobrir o que te dá prazer em viver e que não tem relação com consumo.

“Na medida que percebemos nossas prioridades, começamos a desapegar e construir uma nova forma de viver. Respiramos com alívio quando, em vez de passar a tarde no shopping, preferimos ir a um parque. Em vez de comprar mais um livro, resolvemos começar a ler algum dos 17 que estão empilhados no criado-mudo”, afirma.

Reduzir o consumo traz mais satisfação a si próprio
Reduzir o consumo traz mais satisfação a si próprio (Tara Moore/Getty Images)
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Organize e defina suas metas

É importante usar o tempo livre do dia para se dedicar a si mesmo. Para isso, a organização e a definição de metas na vida pessoal e profissional são imprescindíveis, estabelecendo objetivos e selecionando atividades que possam ser implementadas de forma realista.

“Quando falamos de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, é comum o indivíduo fazer planos como sair do trabalho mais cedo para ficar com a família ou fazer ginástica. Mas dificilmente é possível implementar um plano tão perfeito de uma vez e fazê-lo funcionar”, aponta Di Sarno.

“Em um processo de mudança sustentável, é preciso constituir um plano de ação que será implementado aos poucos. Definir um número semanal de horas de exercícios físicos permite uma distribuição flexível e mais realista do que matricular-se na aula de spinning das 19h30 todos os dias, por exemplo. O importante é avaliar constantemente o que está sendo feito versus objetivos e prioridades estabelecidos”, finaliza a psicóloga.

Planner
(Carol Yepes/Getty Images)

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