O Brasil é uma potência das Paralímpiadas. Com mais de 343 medalhas, sendo 156 de ouro, em 13 participações nos Jogos Paralímpicos, o país figura entre os dez primeiros no quadro de medalhas e deve manter essa posição em Paris.
Para se ter ideia, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) contabiliza apenas 40 ouros ao longo de todas as edições das Olimpíadas. Então, a pergunta é: como o Brasil se destaca tanto nas Paralimpíadas, sem alcançar o mesmo nível nos Jogos Olímpicos?
Investimento
Desde 2003, uma parte da arrecadação das Loterias Caixas é destinada ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) através da Lei Piva, que prevê 2,7% do total bruto arrecadado, descontadas as premiações, para o CPB e o Comitê Olímpico Brasileiro – 37,04% e 62,96%, respectivamente.
A partir da implementação da lei, o Brasil entrou para o top 15 no quadro de medalhas, e não saiu mais do top 10 desde 2008.
O Centro de Treinamento Paralímpico, fundado em 2016, em São Paulo, é outro exemplo de investimento estratégico. Com 95 mil metros quadrados, ele oferece instalações para mais de dez modalidades e é um dos melhores locais de treino do mundo para pessoas com deficiência (PCDs).
Atletas competindo em categorias diferentes
As Paralimpíadas são organizadas em categorias funcionais. Essa característica abre espaço para atletas competirem em diversas provas, aumentando as chances de medalhas, e o Brasil tem atletas que conseguem se destacar nessas diferentes classificações.
O nadador Daniel Dias é um exemplo notável, com 27 medalhas paralímpicas (14 de ouro, 7 de prata e 6 de bronze) em quatro edições dos jogos.
Falta de inclusão social para pessoas com deficiência
As poucas oportunidades oferecidas aos brasileiros com deficiência leva muitos deles a encontrarem no esporte paralímpico uma possibilidade de inclusão social e sucesso. Ainda que falte melhores oportunidades de patrocínio, acaba sendo uma área com mais apoio do que outras.
Criação do Comitê Paralímpico Brasileiro
Fundado em 1995, após os Jogos de Barcelona (1992), o CPB foi criado para que o Brasil se filiasse ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC). A organização do esporte paralímpico no país foi fundamental para promover a divulgação aos atletas e o aumento da preparação de competidores de alto rendimento. Além disso, o CPB ainda qualifica professores, elevando a qualidade técnica de quem treina os atletas.
Evolução gradual
As Paralimpíadas começaram em 1960, e o Brasil estreou em 1972 nos Jogos Paralímpicos. Oito anos mais tarde, o país passou a se destacar no número de medalhas. Esse período representa uma defasagem menor em relação ao país nas Olimpíadas.
Ao mesmo tempo, o país conseguiu evoluir gradativamente. Em Atlanta 1996, o Brasil terminou em 37º lugar com 21 medalhas (2 de ouro, 6 de prata e 13 de bronze). Em 2016, no Rio de Janeiro, apenas 24 anos depois e cinco edições depois, o país terminou em 8º lugar com 72 medalhas (14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes).
Participação importante em modalidades diferentes
É importante ser referência em alguma modalidade, mas depender apenas dela para ganhar medalhas é um problema para quem quer se destacar no quadro geral de medalhas.
Como o Brasil se destaca em provas diferentes, não corre o risco de ficar para trás facilmente. O país vai bem em natação e atletismo principalmente, mas também no judô, futebol, goalball, tênis de mesa, ciclismo, vôlei sentado, esgrima em cadeira de rodas e muito mais.
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