O procedimento é controverso, está sendo estudado, mas já é uma realidade e promete atrasar em até 20 anos a menopausa. O tratamento com esse foco é feito por uma clínica britânica, a ProFram, que planeja chegar ao Brasil em 2020.
De forma simplificada, o procedimento consiste em remover o tecido ovariano da mulher de até 40 anos de idade, congelá-lo e reimplantá-lo quando ela estiver entrando na fase que corresponderia à menopausa. Assim, a paciente continuaria a produzir estrogênio e progesterona, hormônios que param na menopausa, e permaneceria ovulando e menstruando.
Este procedimento já está em prática há pelo menos 20 anos, mas sempre foi focado em preservar a fertilidade feminina, principalmente em casos de pacientes com câncer. E foi essa experiência que permitiu os médicos acreditarem que o tratamento pode ser usado agora pensando também em atrasar a menopausa.
A empresa diz que a vantagem é evitar o tratamento de reposição hormonal e os desconfortos que a menopausa provoca na maioria das mulheres, além de prevenir problemas que essa fase pode trazer, como osteoporose, doenças cardiovasculares e diminuição da lubrificação vaginal e do desejo sexual.
O tratamento é polêmico e dividiu opiniões da comunidade médica. Alguns especialistas acham que é uma boa saída para melhorar a qualidade de vida, ao passo que outros ficam na dúvida se é preciso apelar para algo preventivo tão invasivo, sendo que não é possível saber de antemão se a mulher terá sintomas graves e problemas com a menopausa.