São Paulo registra 1º caso de sarampo após 4 anos sem ocorrências
A vítima é um bebê de 5 meses que contraiu a doença em uma viagem à Noruega
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo confirmou a ocorrência de um caso de sarampo na capital. Este é o primeiro registro de contaminação pela doença após um período de quatro anos. Até então, o último datava de setembro de 2015.
Apesar de não oferecer detalhes sobre o caso, a Secretaria revelou através de um boletim do seu Centro de Vigilância Epidemiológica que a vítima é um bebê de 5 meses que teria contraído a infecção em uma viagem à Noruega.
Isso classifica a contaminação como importada. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Europa enfrentou o pior surto de sarampo da década em 2018. Ao todo foram 82,5 mil casos confirmados e 72 mortes.
Infecções por transmissão interna (também chamadas de autóctones) ainda não foram confirmadas em São Paulo, mas existem ao menos 35 casos suspeitos e sob investigação. Em contexto nacional, um surto recente nos Estados da Região Norte levou o país a perder o certificado de eliminação da doença. Apenas no ano passado foram contabilizadas 12 mortes e 10,3 mil casos em território brasileiro.
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Para combater a proliferação do vírus, agentes da secretaria de saúde da capital paulista realizaram ações nas localidades onde foram registrados os casos suspeitos. Trabalhando em um raio de oito quarteirões ao redor do caso, os técnicos promoveram a imunização de todos que ainda não estavam vacinados na região. Por recomendação do Ministério da Saúde, procedimento semelhante pode ser feito em locais frequentados pelo paciente.
Com uma suspeita de contaminação registrada no bairro de Santa Cecília, escolas da região também tomaram medidas para evitar a contaminação dos alunos. Em uma delas, foi solicitado aos pais dos estudantes que enviassem cópia da carteira de vacinação atualizada.
Segundo dados do Estado de S. Paulo, a vacina tríplice viral está disponível em todos os postos da capital e protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Sua aplicação deve ser feita em duas doses, aos 12 e 15 meses de idade. O mesmo é válido para crianças maiores de 1 ano e adultos até os 29 anos. A partir dos 30, recomenda-se dose única.
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