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Remédio contra o câncer de mama é aprovado pela Anvisa

A substância, de aplicação subcutânea, tem potencial de normalizar a rotina de mulheres em tratamento contra o câncer de mama

Por Sarah Catherine Seles
13 jan 2022, 14h38
câncer de mama
 (jirkaejc/Getty Images)
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou uma medicação contra o câncer de mama, que busca auxiliar e trazer normalidade à vida das mulheres em tratamento. O remédio é aplicado com uma dose fixa e subcutânea, ou seja, uma injeção na camada adiposa embaixo da pele.

A rotina de quem trata o câncer de mama pode ser menos complicada com o uso do remédio. Segundo a farmacêutica Roche, responsável pela produção, o produto serve para o tratamento contra o câncer de mama HER2 positivo, inicial e metastático.

O método tradicional conta com uma primeira infusão que leva por volta de 150 minutos e as doses de manutenção levam de 60 a 90 minutos. O novo medicamento, diminui o tempo para aproximadamente 8 minutos na primeira dose aplicada e as próximas levam cerca de 5 minutos.

Chamado FEDERICA, o estudo demonstrou que a aplicação de ambos os anticorpos monoclonais, usados em câncer de mama Her2 positivo, o Trastuzumabe e o Pertuzumabe, usados em uma mesma dose e por via subcutânea, assim como uma seringa de insulina, substitui, com igual eficiência e sem efeitos colaterais a mais, a injeção endovenosa que vem sendo utilizada até então.

quimioterapia - câncer
(Foto: FatCamera/Getty Images)
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“Além da rapidez, as pacientes se sentiram melhor com essa forma de administração, menos agredidas e invadidas com a aplicação subcutânea do que com a aplicação na veia ou no cateter. Os motivos principais pelos quais elas preferiram o subcutâneo é menos tempo na clínica, mais conforto durante a aplicação, menos estresse emocional e menos dor na hora da injeção”, disse a oncologista Dra. Gisah Guilgen, em entrevista à Galileu.

85% das pacientes em tratamento contra o câncer de mama HER2 positivo preferiram a aplicação subcutânea, segundo um estudo publicado em junho de 2021, publicado por cientistas no European Journal of Cancer.

As pesquisas mostram também que não houve novos efeitos colaterais significativos. “Algumas pacientes relataram um pouco mais de vermelhidão local, mas isso não foi suficiente para que a maioria delas deixasse de preferir a formulação nova”, explicou Guilgen.

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O conforto é um dos principais motivos para a escolha do novo método. “Nesse período de um ano de tratamento, voltar para a clínica a cada três semanas, ficar recebendo um tratamento durante uma hora, uma hora e meia, acaba trazendo um desgaste emocional. A possibilidade de você receber um tratamento que é tão eficaz quanto [o tradicional], em uma aplicação que dura em média cinco minutos, te dá muito mais liberdade”, finalizou a médica.

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