Nos últimos anos, foi possível perceber avanços no diagnóstico e no acolhimento de pacientes com câncer de mama. O aumento da conscientização sobre a importância da detecção precoce, além do acesso a exames de rastreamento, por exemplo, incentivam mulheres a estarem atentas a mudanças em seus corpos e a buscarem atendimento médico quando necessário.
Esse foi o tema do debate “Um passo à frente: avanços no combate do câncer de mama”, na Casa Clã MAMA, evento de CLAUDIA e Veja Saúde que aconteceu no dia 4 de outubro.
Durante o papo, a ginecologista Maetê Tangioni e a mentora em gestão do tempo da True Life Psicologia, Vanessa Valle, compartilharam suas experiências com a doença e as mudanças tecnológicas que impactam no diagnóstico. A mediação ficou por conta de Diogo Sponchiato, redator-chefe da Veja Saúde. Confira 5 reflexões fundamentais sobre o tema:
1 – Medicina personalizada
Para a médica especialista, individualizar o atendimento é essencial – e isso está acontecendo cada vez mais. “Quando a medicina fala de diretrizes gerais, é para fazer um rastreamento de massa. Mas quando uma pessoa procura atendimento, os médicos devem fazer um estudo personalizado para detectar doenças cada vez mais cedo”, afirma.
2 – Estudo genético
Atualmente, pesquisadores têm se concentrado em identificar mutações específicas que podem predispor os indivíduos ao câncer, como as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que estão associadas a um risco elevado de câncer de mama e ovário.
Com o uso de testes genéticos, é possível identificar pessoas com maior risco de desenvolver certos tipos de câncer, permitindo intervenções precoces e estratégias de monitoramento.
3 – Busca de informações especializadas
“Não podemos abrir mão da tecnologia, mas tão perigoso quanto a falta de diagnóstico ou o diagnóstico tardio, é o hiperdiagnóstico. Escute seu médico e não deixe de passar em consulta com alguém que te dê as melhores informações”, afirma Maetê.
Para a profissional, essa é uma das mensagens mais importantes porque a busca pela informação especializada evita sintomas de ansiedade.
4 – Medicina biomolecular
Hoje, também há estudos oncogenéticos dos tumores. Eles envolvem a análise do material genético das células tumorais para identificar mutações e alterações que possam influenciar o desenvolvimento e a progressão do câncer.
Essa abordagem permite entender melhor as características específicas de cada tumor e, assim, personalizar o tratamento para cada paciente. Isso porque muitos tratamentos são projetados para atacar mutações específicas encontradas nas células cancerígenas. “Isso muda tudo e salva vidas”, afirma Maetê.
5 – Imunoterapia
A imunoterapia é uma abordagem inovadora que visa estimular o sistema imunológico do paciente a reconhecer e atacar as células tumorais. Diferente das terapias convencionais, como a quimioterapia e a radioterapia, que atacam as células cancerígenas diretamente, a imunoterapia trabalha para fortalecer as defesas naturais do corpo.
Existem diferentes tipos, incluindo anticorpos monoclonais, vacinas contra o câncer e inibidores de ponto de checagem, que têm mostrado resultados promissores em diversos tipos de câncer, como melanoma, câncer de pulmão e câncer de mama.
“Isso era inimaginável quando fiz faculdade. Devemos isso à medicina de ponta e aos avanços tecnológicos. Por isso, não podemos ter medo de fazer o diagnóstico”, comenta a médica.
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