A ansiedade, enquanto transtorno, pode ser manifestada de diferentes formas, seja física, psicológica ou emocional. Os sintomas mais comuns são: agitação, insônia, tensão muscular e dificuldade de concentração, além do sentimento de inquietude constante. E uma das maneiras de lidar com isso é a prática de esportes.
Os exercícios físicos, além dos impactos positivos na saúde, são grandes aliados no combate à ansiedade, pois liberam neurotransmissores relacionados ao prazer e ao relaxamento, responsáveis por garantir a sensação de felicidade.
Embora qualquer esporte possa trazer benefícios para a saúde mental, algumas modalidades são particularmente eficazes para combater a ansiedade, principalmente as que combinam esforço físico e concentração.
“A prática regular de exercícios ajuda a reduzir o cortisol, o hormônio do estresse”, diz Hermes Ferreira Balbino, doutor em ciências do esporte. Ele complementa: “Fisicamente, o exercício regula a respiração, melhora a circulação e reduz a tensão muscular. Psicologicamente, ele oferece uma sensação de controle e conquista, além de melhorar o foco no presente, afastando pensamentos ansiosos”.
Qual o melhor exercício para aliviar ansiedade?
A psicóloga e especialista em ansiedade, Larissa Fonseca, considera os esportes aeróbicos os mais indicados para o alívio da ansiedade e preservação da saúde mental. “Eles promovem a produção de beta-endorfinas, que atuam dentro do neurônio promovendo a liberação de neurotransmissores, como endorfinas, dopamina e serotonina, que têm efeitos diretos na regulação do humor e no bem-estar”.
A corrida, por exemplo, é uma ótima forma de liberar tensões e clarear a mente, melhorando a saúde e aumentando a resistência física. O ciclismo, em uma perspectiva parecida, também combina a atividade física e o contato com a natureza, ajudando a diminuir o estresse e potencializar o foco nos movimentos constantes.
Já na natação, a água cria um ambiente terapêutico que diminui a tensão muscular e promove o relaxamento e maior controle da respiração.
Esportes coletivos
A prática de atividades em equipe, como vôlei ou futebol, melhora a sociabilidade, o que auxilia na gestão da ansiedade social. Além disso, a cooperação necessária em esportes coletivos contribuem para o desenvolvimento de habilidades de comunicação e autoconfiança. “A prática em grupo estimula a liberação de oxitocina, o ‘hormônio do amor’, que reduz a resposta ao estresse e fortalece os laços sociais, proporcionando suporte emocional”, pontua a especialista.
Hermes, em uma perspectiva semelhante, comenta que as modalidades coletivas estimulam o convívio social, promovendo laços e apoio entre os participantes. “Esse senso de pertencimento e a comunicação durante o jogo ajudam a reduzir a sensação de isolamento, que pode aumentar a ansiedade”, destaca.
Yoga e pilates
“Esportes como yoga e pilates, que combinam esforço físico com práticas de respiração e autocontrole, são particularmente eficazes para reduzir a hiperativação do sistema nervoso simpático, o que diminui os sintomas de ansiedade”, informa a psicóloga.
O foco das duas atividades é uma melhora na postura física, flexibilidade, respiração e meditação, para promover o equilíbrio entre o corpo e a mente – sempre respeitando os limites do corpo de cada pessoa. Ela é benéfica na medida em que auxilia no alongamento e no fortalecimento muscular.
Cuidados extras
Antes de iniciar as atividades, vale ressaltar que a prática deve ser individualizada e adaptada às necessidades de cada um. Por isso, faz-se necessário o atendimento profissional especializado.
É preciso considerar aspectos como: histórico pessoal, hábitos e a relação do indivíduo com o esporte. Assim, garante-se que o exercício seja incorporado de forma adequada à rotina. “Manter a motivação pode ser um desafio, mas estabelecer metas realistas e celebrar pequenos progressos é fundamental. A escolha de atividades que a pessoa goste e a alternância de esportes para evitar a monotonia ajudam a manter o engajamento”, orienta Larissa.
A prática esportiva deve ser gradual e contínua, com foco em atividades prazerosas e sem cobranças excessivas de resultados. Essa regularidade permite uma conexão entre o corpo e a mente, proporcionando mais disposição e equilíbrio emocional no dia a dia.
O professor Hermes Ferreira Balbino também oferece algumas indicações: “Recomendo começar com atividades físicas de baixo impacto e progressivas. Aos poucos, é possível aumentar a intensidade, sempre respeitando os limites do corpo”.
“As metas devem ser de 30 a 40 minutos entre 3 (início) à 5 vezes na semana. Incorporar alongamentos e práticas de respiração pode ser útil para melhorar a consciência corporal e reduzir o estresse físico e mental. A chave está na constância e na adaptação progressiva, sem sobrecarregar o corpo”, finaliza a psicóloga.
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