Segundo as informações divulgadas nesta segunda-feira (15) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 20 milhões de crianças ao redor do mundo deixaram de receber vacinas essenciais em 2018. Elas deveriam ter sido imunizadas contra difteria, tétano, coqueluche e sarampo.
Ainda de acordo com os dados levantados, a maioria dessas crianças não vacinadas vive em países mais pobres: Afeganistão, República Centro-Africana, Chade, República Democrática do Congo (RDC), Etiópia, Haiti, Iraque, Mali, Níger, Nigéria, Paquistão, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Síria e Iêmen, onde, caso elas fiquem doentes, o acesso a tratamentos eficazes é raro.
Desde 2010, a cobertura mundial de vacinação está estagnada em 86%. Apesar do número parecer alto, é preciso que 95% de todo o mundo esteja vacinado para garantir a proteção contra surtos das doenças.
Problema de gerações
Não são apenas as crianças de hoje que estão em risco. Os surtos de sarampo podem ser resultado da baixa cobertura da vacina durante os últimos anos. A Ucrânia, por exemplo, foi o país com maior número de casos da doença em 2018, sendo que hoje vacina mais de 90% de seus bebês e crianças pequenas.