Uma postagem de Tatá Werneck em seu Instagram nesta segunda-feira (25) deixou os fãs preocupados. Aos dois meses de gravidez, a apresentadora revelou ter sido diagnosticada com hiperêmese gravídica e que, por causa disso, precisou voltar ao repouso. “Passo o dia basicamente olhando para o teto”, escreveu.
Tatá não é a primeira celebridade a enfrentar esse tipo de complicação. Em suas três gestações, Kate Middleton sofreu com náuseas e vômitos constantes, ao ponto de ter que cancelar alguns compromissos. O mesmo aconteceu com a cantora Kelly Clarkson e com a comediante Amy Schumer.
Mas, afinal, o que é a hiperêmese gravídica? CLAUDIA conversou com o médico Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Albert Einstein, que explicou tudo o que é preciso saber sobre essa doença.
O que é?
Durante os primeiros meses de gravidez, é comum que a gestante sinta náuseas leves e vomite esporadicamente. A hiperêmese ocorre quando os enjoos vêm acompanhados de vômito em frequência intensa e constante, de difícil controle.
O que causa?
Essa complicação é causada pelo hormônio HCG, produzido pela placenta para favorecer o desenvolvimento fetal e que leva naturalmente ao vômito. Quando produzido em excesso, esse hormônio torna a mulher suscetível a desenvolver a hiperêmese. Além disso, a ansiedade também é um fator que pode desencadear a doença.
Quais os sintomas?
O principal sintoma é a ocorrência de vômitos frequentes, levando a gestante a ter dificuldade de se alimentar, ingerir líquidos e manter-se hidratada. Também pode implicar em queda de pressão, desmaios e, em casos mais graves, alterações no funcionamento dos rins.
Como diagnosticar?
O diagnóstico é feito através de exames para avaliar tanto o grau de desidratação quanto o nível de eletrólitos, que são minerais reguladores presentes no sangue da paciente.
E o tratamento?
A hiperêmese é tratada através da hidratação e reposição de eletrólitos, ambos feitos de modo intravenoso. Se necessário, o médico também pode receitar medicação antiemética para controlar o vômito, e também ansiolíticos para tratar a ansiedade. Em geral, a paciente recebe alta no mesmo dia, mas casos mais graves podem levar à internação.
Há riscos para o bebê?
Por ocorrer durante a fase embrionária, a hiperêmese tem influência mínima na saúde do embrião, cujas necessidades nutricionais são baixas. A falta de tratamento, porém, pode implicar em complicações de seu desenvolvimento.
Com hiperêmese ou não, Alexandre recomenda contato constante com os médicos durante a gestação. Mas, se notado qualquer sintoma de piora no quadro de enjoo, a melhor conduta é “procurar pronto atendimento para aplicação de medicação intravenosa e, acima de tudo, não entrar em pânico.”
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