Pesquisadores da Fiorocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em Rondônia, descobriram em um estudo geonômico do novo coronavírus, 41 mutações da Covid-19, dando origem a outras linhagens até então não descritas e potencialmente capazes de causar reinfecção e serem mais transmissíveis – de acordo com site UOL.
Rondônia passa por um desafio na saúde pública por conta da segunda onda do vírus na região. Sem vagas para novos pacientes, o estado tem transferido doentes para outra unidades da federação.
As amostras utilizadas no estudo da Fiorocruz foram colhidas de pessoas infectadas em dezembro de 2020, em Porto Velho e no interior do estado. As mutações foram encontradas em três variantes que circulam na região: P.2, B.1.1.28 e B.1.1.33 (ambas com circulação em todo País).
Ao todo seis mutações chamam atenção e ocorrem na proteína Spike, usada pelo coronavírus para entrar em células humanas. A proteína é o alvo de anticorpos produzidos pelo sistema imunológico depois da contaminação pelo vírus. Alterações nessa proteína podem ampliar a capacidade de transmissão, casos de reinfecção e redução da proteção de vacinas.
A pesquisa contou com a colaboração da Secretaria de Estado da Saúde, Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e do Centro de Pesquisas em Medicina Tropical.