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Saiba tudo sobre a vulva: não é o mesmo que vagina e não são todas iguais

Especialistas respondem oito perguntas sobre a vulva, que é toda a parte externa da nossa região genital. Você conhece a sua?

Por Daniella Grinbergas
Atualizado em 15 jan 2020, 08h14 - Publicado em 24 out 2019, 09h17
 (Ile Machado/MdeMulher)
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Vamos começar a falar dela avisando: não existe um padrão de vulva! Se a sua é pequena, grande, tem mais ou menos pelos, lábios maiores ou menores (ou um maior que o outro), sinta-se normal. A região íntima feminina é bem diversificada e nós precisamos assumir isso e olhar para as nossas vulvas com carinho.

O tema era tão tabu que no ano passado pesquisadores do Lucerne Cantonal Hospital, na Suíça, pesquisaram as variações na vulva para baterem o martelo: não existe uma vulva ‘normal’. Eles estudaram 657 mulheres por dois anos, tirando medidas do clitóris, grandes e pequenos lábios, distância entre o clitóris e a uretra e… nada! A conclusão foi que a genitália feminina é diversa em todos os aspectos, não há um padrão. 

Tem dúvidas em relação a essa região? Veja as respostas dos especialistas para as questões mais comuns:

Qual é a diferença entre vulva e vagina?

De forma geral, a vulva é toda a região externa da nossa genitália (a parte visível), e a vagina é o canal interno, que vai até o colo uterino.

A vulva compreende os grandes e os pequenos lábios, o prepúcio (aquela camadinha que envolve o clitóris), o clitóris, o púbis (a parte mais superior e protuberante onde ficam os pelos pubianos), a abertura da uretra (o buraquinho por onde sai o xixi) e a abertura que leva à vagina.

vulva
(blueringmedia/Getty Images)
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A anatomia da vulva é diferente entre as mulheres?

Muito diferente! “As variações incluem mudanças de cor, tamanho dos lábios, tamanho clitóris e protuberância do clitóris, parte superior da pube mais avantajada ou com mais acúmulo de gorduras…”, lista Fernanda Torras Correia, ginecologista, obstetra e mastologista.

The Vulva Gallery
(@the.vulva.gallery/Instagram)

A vulva pode ter cor diferente do resto do corpo?

Sim, a pele que recobre nossa genitália pode ser mais clara, mais escura, e pode ainda mudar ao longo da vida, de acordo com as variações hormonais. “A região genital é a segunda região do corpo com mais melanócitos (células que produzem melanina), por isso é normal o escurecimento dessa área”, aponta a dra. Flavia Tarabini Castellani Asmar, ginecologista e obstetra da clínica Dr. Andre Braz, no Rio de Janeiro.

A anatomia da vulva pode mudar ao longo da vida?

Sim, acompanhando as mudanças do corpo. “Após a menopausa, há redução dos pequenos lábios, assim como do clitóris. Os grandes lábios também alteram, apresentando menor espessura e pele mais flácida, por conter menos colágeno. Mas a vulva sofre as mesmas modificações da pele do restante do corpo com o envelhecimento, com menos colágeno e elastina, menor nutrição, vascularização e lubrificação”, explica a dra. Fernanda.

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Por que a vulva tem pelos?

Para nos proteger. “A função principal é barrar a entrada de microorganismos do meio externo. Porém, eles não são a única forma de proteção que temos, já que contamos com lubrificação vaginal e vulvar”, exemplifica a dra. Fernanda. Por isso, eles podem ser removidos sem prejuízos, desde que o método depilatório não agrida a pele da vulva.

Como limpar a vulva?

Ela pode der lavada diariamente durante o banho, com sabonete de pH similar ao da vagina, com água corrente, afastando os lábios com os dedos para facilitar a limpeza completa. “Não use sabonete mais de uma vez ao dia, sob risco de remover a proteção natural da vulva e da vagina, que é autolimpante”, reforça a dra. Flavia.

“Durante o período menstrual, após a trocas de absorventes, a vulva deve ser bem limpa, para evitar acúmulo de secreções e proliferação de fungos e bactérias. Se precisar, use lenços umedecidos sem álcool”, afirma a dra. Fernanda.

Quais doenças podem se manifestar na vulva?

“As mais frequentes são HPV, que pode se manifestar dermatologicamente por lesões verrugosas nessa região; sífilis, cuja infecção primária leva a uma úlcera genital geralmente indolor; e herpes genital, caracterizada por dor e feridas genitais (múltiplas lesões)”, lista a dra. Flavia.

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O rejuvenescimento íntimo é indicado?

O Brasil é uma superpotência em cirurgias plásticas e, no último Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica, um dado chamou a atenção: a labioplastia e o rejuvenescimento vaginal tiveram um aumento de 23%. É claro que há casos clínicos que pedem esse tipo de procedimento para melhorar a saúde da mulher, mas se a questão for apenas estética, repense se você precisa disso para ser feliz, se precisa mesmo simplesmente se adequar a certos padrões estabelecidos.

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