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Jejum intermitente: 9 perguntas e respostas sobre a dieta

Há muitas dúvidas sobre os benefícios e riscos dessa prática que alterna jejum e alimentação equilibrada. Confira as orientações dos profissionais.

Por Daniella Grinbergas
Atualizado em 16 jan 2020, 09h28 - Publicado em 5 set 2018, 15h45
Time to lose weight , eating control or time to diet concept , alarm clock with healthy tool concept decoration on blue background (Pinkomelet/Reprodução)
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A dieta não é novidade, mas segundo dados de pesquisa do Google Trends, há pelo menos dois anos, vem aumentando (e muito!) a busca por informações sobre o jejum intermitente. Os relatos de quem fez e emagreceu são animadores, mas é preciso tomar alguns cuidados e se informar antes de se empolgar e sair por aí procurando a receita.

 

Afinal, o que é o jejum intermitente?

A diferença mais óbvia entre essa e outras dietas de emagrecimento é a frequência da alimentação. Com o jejum intermitente você precisa alternar uma alimentação equilibrada com um período de boca completamente fechada – aí não vale nem uma amêndoa, nada mesmo!

Mas nem tudo é tão radical quanto parece. Uma das estratégias permite a alimentação por 8 horas seguidas e, depois, jejum de 16 horas. Só que esse período de restrição completa pode ser programado para o fim da tarde, pegando boa parte do período em que você estará dormindo.

 

Quais são os tipos de jejum mais praticados?

O método 16 por 8: são 16 horas de jejum e 8 horas de alimentação (mas com dieta balanceada, claro). Se você jantou às 18h, poderá se alimentar novamente às 10h.

O método de jejum completo: não comer nada durante um dia inteirinho, 24 horas! A prática pode ser repetida até duas vezes na semana. Nos demais dias, a dieta deve ser equilibrada.

O método 5 por 2: durante dois dias da semana (não podem ser consecutivos), você pode comer no máximo 600 calorias por dia. Nos demais, alimentação normal, mas equilibrada.

 

 

Posso tomar líquidos durante o jejum?

“Sim, mas somente água, chá e café sem açúcar! ”, orienta a nutricionista do HCor, Maria Fernanda Vischi D´Ottavio. E há ressalvas: abuse apenas de água, pois chá e café possuem cafeína que, em excesso, pode trazer problemas.

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Durante quanto tempo posso fazer o jejum intermitente?

“Desde que funcione bem para o seu organismo, pode se tornar uma prática constante. O importante é educar o organismo, seguindo a mesma programação”, afirma Maria Fernanda.

 

Quais são os benefícios?

O principal é a redução de peso. “Claro que isso traz como consequência a melhora na parte metabólica e uma coisa puxa a outra”, diz a nutricionista do HCor. Além disso, a endocrinologista Suzana Vieira reforça que, quando feito corretamente e com acompanhamento médico, o jejum intermitente pode prevenir algumas doenças. “A restrição calórica, seja do jejum ou de qualquer outra dieta, acompanhada da adequada ingestão de nutrientes pode levar a adaptações metabólicas, reduzindo o risco de desenvolver diabetes tipo 2, hipertensão, doença cardiovascular e cânceres”, exemplifica.

 

Quais são os riscos e efeitos colaterais?

“A maior dificuldade é conseguir adequar essa dieta nutricionalmente. São muito curtos os espaços de refeições para conseguir fazer um balanceamento perfeito dos nutrientes”, avisa a nutricionista do HCor. A falta de nutrientes pode gerar queda de cabelo, desidratação, enfraquecimento de unhas, entre outros problemas. Além disso, atenção para não cair na compensação: “Ficar um longo período sem comer não significa que, em seguida, você possa comer mais do que precisa”.

E atenção: principalmente no início, você pode sentir fraqueza, dor de cabeça e tontura, mas são sintomas que vão passando conforme seu organismo for se acostumando com a dieta.

 

Quem faz o jejum pode fazer exercícios físicos?

“Teoricamente sim, já que o corpo tem reservas energéticas, mas eu não recomendo. No início o paciente pode ter muita fraqueza, passar mal e até desmaiar”, explica Maria Fernanda. A endocrinologista Suzana Vieira concorda e acrescenta que pode haver piora da performance durante os exercícios. “A decisão de se exercitar em jejum deve ser discutida com seu médico”, reforça.

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Quem não pode fazer de jeito nenhum?

Segundo Suzana, não devem fazer o jejum intermitente grávidas e mulheres que amamentam (pois é preciso passar muitos nutrientes para os bebês), diabéticos (nem pensem nisso! O jejum pode ocasionar picos de hipoglicemia), idosos, crianças, quem usa medicação controlada e quem tem algum tipo de transtorno alimentar.

 

É obrigatório procurar orientação médica?

SIM, porque nem todo organismo responde de forma positiva. “Primeiramente é necessário ver como está a sua saúde e se essa dieta é adequada. Em alguns casos, é preciso suplementar com polivitamínicos”, afirma Maria Fernanda.

E Suzana finaliza: “Se o jejum for indicado, não deixe de fazer um acompanhamento com um profissional de nutrição para verificar se a quantidade de micronutrientes necessários está sendo alcançada”.

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