Nas últimas décadas, o suicídio entre crianças e adolescentes tem aumentado gradativamente. De 2004 para 2015, por exemplo, os dados saltaram para 65% entre vítimas de 10 a 14 anos. Enquanto você lê essas linhas, inclusive, uma pessoa em qualquer lugar do mundo tira a própria vida. Isso porque a cada 40 segundos um caso de suicídio é registrado.
Porém, as estatísticas vão muito além. Um estudo realizado entre 2012 e 2015 chamado Transgender Adolescent Suicide Behavior (Comportamento Suicida do Adolescente Transgênero), apurado pelo professor Russell B. Toomey durante 36 meses e publicado no jornal Pediatrics, examina as taxas de comportamentos suicidas em seis grupos de identidade de gênero: feminino, masculino, homens transgênero, mulheres transgênero e em questionamento. A pesquisa abrange jovens de 11 a 19 anos.
Quase 14% dos adolescentes relataram uma tentativa anterior de suicídio, mas o grupo mais fragilizado foram os homens trans (sexo feminino para masculino), batendo 50,8%. Os adolescentes que não se identificaram exclusivamente como homens ou mulheres atingiram 41,8%, mulheres trans (masculino para feminino) atingiram 29,9%, aqueles em questionamento 27,9%, meninas 17,6% e meninos 9,8%.
Para esses adolescentes transgêneros, nenhuma outra característica social foi associada às tentativas de suicídio registradas. “Os esforços de prevenção do suicídio podem ser melhorados pelo atendimento à variabilidade dentro das populações transgênero, particularmente o aumento do risco para adolescentes transgêneros de mulheres para homens e não mulheres”, diz a pesquisa.
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