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Entenda o que são as hepatites D e E

Casos da doença são raros, mas é preciso ficar sempre alerta aos vírus

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 17 jan 2020, 09h40 - Publicado em 29 nov 2011, 21h00
Reportagem: Marjorie Zoppei - Edição: MdeMulher (/)
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Higiene afasta os riscos da hepatite E
Foto: Getty Images

Além dos três casos mais comuns de hepatite (A, B e C), ainda existem mais 4 vírus: o tipo D, que se manifesta se a pessoa já estiver contaminada pelo B; o E, raro no Brasil e contraído da mesma forma que a hepatite A; e os tipos F e G, que são considerados subgrupos da hepatite C.

Saiba mais sobre as hepatites D e E:

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Hepatite D
Ela foi descoberta em 1977, com o vírus VHD ou vírus Delta. Esse vírus só se manifesta em conjunto com a hepatite B: surge por co-infecção ou por superinfecção. A hepatite D aguda pode ser severa, ou mesmo fulminante, no entanto, raramente evolui para uma forma crônica. 40% dos casos evoluem para cirrose. A prevenção se dá pelo uso de camisinha e vacinação contra a hepatite B. O tratamento é feito com medicação.

Hepatite E
Resulta da infecção pelo vírus da hepatite E (VHE) e é transmitida de pessoa a pessoa através da água e de alimentos contaminados com matéria fecal. É uma doença que já foi responsável por grandes epidemias no centro e sudeste da Ásia, no norte e oeste de África e na América Central.

Essa hepatite foi identificada em 1980, quando se realizavam testes para detecção de anticorpos da hepatite A, na Índia, durante o estudo de uma hepatite epidémica transmitida através das águas, mas cujo agente infeccioso não era o VHA. A gravidade da infecção pelo VHE é maior que a provocada pelo vírus da hepatite A, mas a recuperação ocorre ao fim de pouco tempo.
 
Não há vacina para a hepatite E e o único meio de prevenção é a higiene. Não é uma doença que vira crônica, mas em gestantes pode ser bem grave. A hepatite E pode atingir taxas de mortalidade de 20% se o vírus for contraído durante o terceiro trimestre de gestação. Existem também registos de partos prematuros, com taxas de mortalidade infantil que atingem 33%. Nas crianças, a co-infecção com os vírus A e E pode resultar em uma doença grave, incluindo a falência hepática aguda.

Estatísticas indicam que a doença tem maior incidência entre os adultos dos 15 aos 40 anos, mas, segundo a Organização Mundial de Saúde, a baixa taxa registada entre as crianças pode dever-se ao fato de a hepatite E normalmente não provocar sintomas nos mais novos.

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