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Entenda mais sobre aneurisma cerebral, a perigosa doença de Emilia Clarke

Atriz da série Game of Thrones revelou ter sofrido dois aneurismas cerebrais, que poderiam ter sido fatais ou deixado sequelas.

Por Nathalia Giannetti
Atualizado em 15 jan 2020, 21h07 - Publicado em 1 abr 2019, 16h24
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  • Na última semana, a atriz Emilia Clarke, famosa por interpretar Daenerys em Game of Thrones, chocou os fãs da série ao revelar que já sofreu dois aneurismas cerebrais. A doença pode ser fatal e há uma série de fatores que aumentam a sua chance desenvolvê-la.

    Para esclarecer as dúvidas que surgiram e ajudá-la a evitar riscos, conversamos com o neurologista Dr. Marcel Simis.

    O que é um aneurisma cerebral?

    A doença acontece quando há uma dilatação dos vasos sanguíneos. O aneurisma pode ocorrer em várias regiões do corpo, sendo denominado cerebral quando acomete uma artéria do cérebro.

    Com o aumento da pressão do sangue dentro dessa artéria frágil, surge um inchaço que pode ir crescendo até que a artéria se rompa – caso mais grave da doença.

    Quais são as causas?

    “O aneurisma ocorre pelo enfraquecimento da parede do vaso”, conta o Dr. Marcel. Para que isso aconteça, existem vários fatores de risco, que podem ser hereditários ou adquiridos.

    No caso dos hereditários, o paciente já possui uma predisposição genética para o enfraquecimento da parede do vaso. Sendo assim, o aneurisma pode estar presente desce o nascimento. Já os fatores de riscos adquiridos envolvem o consumo excessivo de álcool, tabagismo, uso de drogas ilícitas (como cocaína), hipertensão arterial sistêmica e trauma de crânio.

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    Por isso, não há uma idade certa para se ter um aneurisma, tudo depende da genética e do estilo de vida.

    Quais são os sintomas do aneurisma?

    Antes da ruptura do vaso, normalmente, não há sintomas. Mas pode acontecer em alguns casos de o aneurisma, por exemplo, comprimir o nervo que movimenta os olhos, resultando em visão dupla.

    O problema é a ruptura, a chamada “hemorragia subaracnóide”. Nesse caso, o principal sintoma é a dor de cabeça súbita e muito forte, que pode ser acompanhada de alterações dos movimentos dos olhos, face, língua e cordas vocais.

    Ele pode deixar sequelas?

    Sim, o aneurisma pode provocar déficit na movimentação dos braços, pernas, músculos da face e na fala.

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    E saiba que quando acontece a ruptura da artéria, o risco de morte é alto, uma vez que o sangramento pode alterar o suprimento de sangue para o cérebro.

    Como identificar um aneurisma?

    “O único jeito de saber é por meio de exames de imagem específicos para estudos de artérias cerebrais, como ressonância magnética, angiografia e tomografia computadorizada“. 

    O que fazer depois de identificar o aneurisma?

    Somente um médico especialista, geralmente um neurologista, poderá apontar o melhor caminho no caso da descoberta do inchaço ou mesmo da ruptura da artéria.

    É preciso fazer cirurgia?

    Nem sempre. Em casos como de Emilia Clarke, a cirurgia era necessária para selar o aneurisma e garantir a sobrevivência. Mas tudo depende do tipo de aneurisma, local e tamanho.

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    Hoje em dia, conta o especialista, há uma outra técnica que pode ser feita, a chamada embolização por procedimento endoarterial, que é realizada por dentro da artéria. Uma de suas vantagens é o fato de não precisar abrir o crânio para realizar a cirurgia. No entanto, não é recomendada para todos os tipos de aneurismas e pacientes.

    Aneurisma tem cura?

    Se os procedimentos de cirurgia ou endovascular forem realizados corretamente, o aneurisma pode ser considerado curado.

    Como evitar um aneurisma?

    Segundo o Dr. Marcel Simis, manter seus exames em dia pode ser a melhor maneira de evitar que algo mais grave aconteça. “Quando um familiar próximo for diagnosticado com aneurisma, é possível realizar exame para checar se você também tem aneurisma cerebral”, conta.

    Além disso, ele recomenda evitar se expor a fatores de risco: não fume, não consuma álcool em excesso, evite o sedentarismo e trate adequadamente doenças como hipertensão arterial, diabetes, aumento do colesterol e triglicérides.

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