Definido pela Organização das Nações Unidas (ONU), 2 de abril é Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Uma data importante para levantar o tema e discutir esse diagnóstico cercado de estereótipos e preconceito.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) comprovam que o problema não é raro: uma em cada 160 crianças tem um Transtorno do Espectro Autista (TEA) – são 2 milhões de autistas só no Brasil.
O que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?
Trata-se de um problema psiquiátrico identificado na infância, pois geralmente afeta a comunicação, o aprendizado e as relações sociais. Os transtornos normalmente persistem na adolescência e fase adulta.
A maior dificuldade do autista é a interação social. Muitos apresentam dificuldades na comunicação e padrões de comportamento repetitivo e restritivo.
A denominação técnica de Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba várias condições ligadas ao autismo, inclusive a síndrome de Asperger.
Há diferentes graus de autismo?
Sim. Há autistas que podem viver de forma bem independente, ao passo que outros podem precisar de apoio durante a vida toda.
A medicina usa como critério a capacidade de realizar atividades simples para classificar o grau do autismo. Os pacientes de baixa funcionalidade são os que não apresentam quase nenhuma interação, têm movimentos repetitivos e atrasos mentais que pedem acompanhamento pela vida toda. Os de média funcionalidade têm apenas dificuldade de comunicação e comportamentos repetitivos. Os de alta funcionalidade já conseguem estudar e trabalhar. E há também os savant, que apresentam déficits psicológicos, mas têm uma memória espetacular e alguns talentos bem marcantes.
Portanto, nada de generalizar!
Não há cura
Não existe um tratamento: cada paciente pede um acompanhamento e trabalhos em áreas específicas de acordo com suas necessidades. Geralmente é preciso contar com uma equipe multidisciplinar – fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicopedagogo, psicólogos.
Os remédios só são prescritos quando há um nível de agressividade ou doenças associadas, como depressão.
Cuidar na infância
Muitos estudos mostram a importância de entrar com os cuidados na primeira infância – nessa fase é possível melhorar o desenvolvimento da criança autista e proporcionar mais independência a ela.