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Desodorante x antitranspirante: acabe com todas as suas dúvidas

Conversamos com especialistas para saber as diferenças entre os produtos e derrubar alguns mitos.

Por Nathalia Giannetti
Atualizado em 15 jan 2020, 11h12 - Publicado em 19 ago 2019, 15h59
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  • Muita gente usa os termos “desodorante” e antitranspirante” como se eles fossem a mesma coisa. Mas, na verdade, eles são bem diferentes, principalmente em relação aos seus efeitos no corpo. Vamos entender essa história!

    O que faz o desodorante?

    O desodorante tem como função apenas aliviar o odor que acompanha a sudorese. “Ele possui substâncias antissépticas, como álcool e triclosan, diminuindo o crescimento das bactérias”, explica a dermatologista Laís Leonor, profissional da clínica Dr. André Braz.

    O suor, em si, não tem cheiro, uma vez que é composto basicamente por água e partículas de potássio, cloreto, sódio e amônia, por exemplo. As grandes responsáveis pelo odor são, na verdade, as bactérias que habitam sua pele. Esses microorganismos, ao realizarem a decomposição de alguns dos elementos do suor, acabam criando outras substâncias, que liberam um cheiro desagradável.

    Quando aplicar: ​o ideal é sempre fazer a aplicação do desodorante no início do dia, pela manhã. Talvez você precise reaplicar mais uma vez ao longo do dia, mas “caso o odor esteja intenso e constrangedor, é preferível procurar ajuda de um dermatologista ao invés de simplesmente aumentar a frequência do desodorante”, recomenda a Dra. Daniela Neves.

    Mito: é bastante comum encontrar histórias sobre a eficácia e efeitos colaterais de desodorantes. Mas nem todas são verdade! Por exemplo: quantas vezes já ouvimos que é preciso trocar o tipo de desodorante com certa frequência porque o corpo se acostuma com a substância? Pois saiba que o que afeta, na verdade, a eficácia do produto são as mudanças no seu organismo, que fazem com que você produza mais suor e bactérias, como alterações hormonais, ingestão de medicamentos e um novo estilo de vida.

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    Qual a função do antitranspirante?

    O antitranspirante, como o próprio nome já diz, tem o objetivo de inibir o suor. Conforme explica a dermatologista Natasha Crepaldi, “através da formação de tampões temporários na superfície da glândula sudorípara, no duto de passagem do líquido para o meio externo, o antitranspirante faz um bloqueio da expulsão de suor“.

    Isso acontece devido a sua composição à base de sais de alumínio e de zircônio, que desempenham o papel de tampões.

    “A glândula percebe que o fluxo não está saindo e para de produzir o suor, até você lavar a região e os tampões serem eliminados”, complementa a Dra. Ada Regina de Almeida, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

    Geralmente esse produto é recomendado para quem tem hiperidrose, quando as glândulas sudoríparas produzem o suor em excesso (até quando a pessoa está em repouso).

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    Quando aplicar: à noite, antes de dormir e sobre a pele totalmente seca. Segundo o especialista em dermatologia Felipe Chediek, “de manhã cedo, sua ação é mais limitada. Os antitranspirantes levam um período para ter efeito. Por isso, o ideal é aplicar à noite, dando o tempo necessário para a ação durante o sono”. Você também pode fazer a reaplicação durante o dia, se for preciso. E há versões que pedem um espaçamento de dias entre as aplicações – leia os rótulos e converse com seu dermatologista.

    Qual escolher

    A escolha entre o desodorante e o antitranspirante é uma decisão bastante pessoal e depende apenas das suas necessidade. Se você apresenta umidade excessiva em regiões como axilas, mãos ou pés, e se sente incomodada com isso, o antitranspirante é uma saída, uma vez que ele “é a principal forma de controle da produção de suor”, diz a a Dra. Natasha Crepaldi.

    Caso você não sinta que sua transpiração está em excesso, é melhor aplicar apenas desodorante, já que não há necessidade de controlar o trabalho das glândulas sudoríparas.

    Outro ponto a ser levado em conta na hora da escolha é o formato do produto: aerosol, spray, roll-on, bastão e creme.

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    Spray e aerosol são mais refrescantes, porém sua alta quantidade de álcool faz com que sejam mais irritantes, sendo também os que mais mancham as roupas, além de terem durabilidade menor e serem mais poluentes. Já os sólidos, como roll-on e bastão, são mais duradouros e menos sensibilizantes, mas não devem ser compartilhados, pois têm contato direto com a pele. Os que vêm em formato de creme são os mais hidratantes, ideais para quem se depila com lâmina ou cera.

    Existem também os antitranspirantes manipulados especialmente para o seu caso, mas para obter um você deve ir ao médico. “O dermatologista receita e a farmácia de manipulação faz o produto especificamente para as características daquele paciente. Então eu posso mudar a concentração, perfumes e substâncias antibacterianas”, conta a especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Normalmente, eles são recomendados para quem possui alergia a um ou mais componentes dos antitranspirantes vendidos em farmácias. 

    Antitranspirante: herói ou vilão?

    É um fato que transpirar é muito importante o bom funcionamento do organismo. “O suor ajuda a manter a temperatura corporal, porque quando ele evapora, o corpo é resfriado, mantendo a pele hidratada e eliminando substâncias”, explica a dermatologista Mônica Fialho.

    Por isso, você deve tomar bastante cuidado ao aplicar produtos que inibem a transpiração. O ideal é conversar com um dermatologista que indique o produto ideal e a forma de aplicação. Isso porque, o excesso da substância pode levar à obstrução dos poros e inflamação da glândula. Outra consequência possível é irritação da pele devido ao alumínio e presença de álcool.

    Mito: É provável que você já tenha ouvido que antitranspirante pode causar câncer e outras doenças, como Alzheimer. Por enquanto, não há nada que prove isso! Alguns estudos em fase inicial apontaram a relação entre exposição a alumínio com a formação de tumores em camundongos, mas não foram obtidas evidências que isso pode acontecer em humanos, principalmente devido ao uso de produtos com concentração não muito elevada do metal.

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