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“Correr não é tão simples quanto parece”

Acompanhe a minha coluna e descubra que é possível, sim, praticar atividade física e viver de forma mais saudável mesmo no agito do dia a dia

Por Aline Gomiero
Atualizado em 28 out 2016, 14h37 - Publicado em 8 ago 2016, 11h16
Getty Images
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É possível praticar atividade física e viver de forma mais saudável mesmo no agito do dia a dia? Para provar que sim, eu aceitei o desafio da Mizuno e estou participando do #ProjetoCorrida. Comecei a treinar com a assessoria esportiva Run&Fun e prometi dividir meus avanços e conquistas aqui no portal da revista CLAUDIA. Acompanhe!

“Quando contei para alguns amigos que iria começar a correr no início de junho, ouvi inúmeros conselhos. Mas o que mais repetiam era: “cuidado com o joelho”. Só entendi a preocupação depois de conversar com o fisioterapeuta Fabio Bessa, da clínica CareClub. Segundo ele, grande parte das lesões em corredores se origina na região que envolve quadris, tronco e abdome. Por isso é muito importante corrigir erros de postura, além de fortalecer os músculos. Se há um desequilíbrio muscular ou uma instabilidade na postura, por exemplo – já que o corpo é todo interligado -, o atleta compensa nos joelhos … é daí que vem os (famosos) problemas na região. 

Para reduzir o risco de lesões durante meus treinos, faço uma sessão de reeducação funcional com o Fábio por semana. Esse acompanhamento profissional está sendo muito importante para eu entender, principalmente, meu corpo e limites. Na primeira consulta, que aconteceu no final de junho, o Fábio me filmou correndo. Depois, ele exibiu cenas congeladas para explicar meus problemas e montar um cronograma de exercícios que podem me ajudar a corrigí-los. Fiquei um pouco preocupada e pensei até mesmo que não nasci para correr. Mas depois de ouvir a explicação, entendi que esses “erros” de postura ou pisada são mais comuns do que imaginamos. 

Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal ()

Entre os pontos, esses são os que preciso melhorar na minha corrida:

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1. Rotação do tronco excessiva na fase aérea da corrida. “Considerando que a cada metro você tem 1 fase aérea, você faria essa movimento de rotação excessiva de tronco 1.000x a cada quilometro (km). Isso aumenta o gasto energético e aumenta o risco de lesão e dores na coluna”, afirmou o Fabío enquanto me mostrava as imagens.

2. Oscilação vertical do centro de massa. Traduzindo, isso significa que estou indo para cima e para baixo demais. Quanto menor esse movimento, melhor a economia de corrida (ou seja, a corrida fica mais eficiente!). Isso também pode acarretar em sobrecarga da panturrilha e dores no joelho. É como se eu fizesse pequenos agachamentos a cada passo.

3. Overstride! O Fábio explicou que o meu pé costuma tocar o chão bem à frente do resto do meu corpo. Isso faz com que eu afunde (flexione suas articulações do membro inferior) na sequência e então aumenta oscilação vertical. Uma das coisas que favorecem minha passada mais aberta é a posição do meu tronco mais ereto. Entendi que se ele ficar levemente mais inclinado à frente, eu consigo aumentar a quantidade de passos por minuto (cadência) e melhoro nesse ponto. 

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4. Sustentação em cima de um apoio (uma perna). Esse é o principal desafio do meu corpo, vencer a força da gravidade que me puxa para o chão com meu peso em cima de um perna. Na foto foi possível ver que, assim que meu pé toca o chão e descarrego o peso do meu corpo em cima do apoio, minha pelve (bacia) tende a cair para o lado e meu membro inferior desalinha para dentro. Esse desalinhamento pode sobrecarregar o joelho, canela, quadril e pé. Meu maior desafio é treinar esse apoio num alinhamento melhor e em diversas velocidades. Não é um treino de força e sim de ativação muscular. 

Durante os exercícios, o Fábio repete diferentes comandos, como: “Endireite os quadris, contraia o abdome, não vire o joelho, não afunde!” e “Cresce, cresce!!!!”. Toda vez que ele fala isso, inclusive, eu imagino um força puxando meu corpo pra cima. 

Depois de algumas sessões  já senti a diferença: melhorei minha cadência, consigo “pisar e sair” com mais velocidade, o desvio da pelve também diminuiu e passei a corrigir a minha postura o tempo todo – principalmente no trabalho. Sem dúvida, correr não é tão simples como parece. Mas os benefícios da atividade são tantos… que vale a pena se dedicar!” 

Acompanhe meu diário por aqui: #ProjetoCorrida

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