Como proteger bebês e crianças da gripe H1N1
CLAUDIA procurou especialista para ajudar as mães a prevenirem o contágio
O surto de H1N1 chegou mais cedo este ano. Esperado para maio, junho e julho, os números registrados até agora já superam os de 2015.
O H1N1 é um subtipo do vírus influenza A e resultou da combinação de segmentos genéticos do vírus da gripe aviária, do vírus da gripe suína e do vírus humano da gripe. Segundo a pediatra, especialista pela Sociedade Brasileira de Pedriatria, Denise Lellis, “o contágio se dá pelo contato com microgotículas de se secreções respiratórias, partículas de saliva, tosse ou espirro de pessoas contaminadas”. Também é possível que a transmissão aconteça por meio de superfícies contaminadas – como objetos de uso pessoal, talheres, toalhas etc.
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Como evitar que as crianças peguem H1N1?
O papel dos pais
“As crianças têm um sistema imunológico em desenvolvimento. Isso significa que eles têm menos defesas. Por exemplo, quanto maior a criança é, menor o numero de infecções por ano”, explica a médica. Exatamente por este motivo, os pequenos figuram o grupo de risco de contágio.
Para evitar a doença, alguns cuidados são necessários. A especialista alerta que, primeiro de tudo, é importante não entrar em pânico e encarar o problema com uma gravidade correspondente – sem excessos. “A ansiedade dos pais pode afetar as crianças e elas já lidam com muitas outras atribuições”, argumenta.
Partindo desta ideia, é interessante começar pela vacinação. Ela pode ser feita em crianças acima de 6 meses de idade. A vacina quadrivalente é indicada para maiores de 3 anos. Todas as crianças abaixo de nove anos de idade, que estejam tomando a vacina para Influenza A H1N1 pela primeira vez, devem receber duas doses com um mês de intervalo.
“A vacina trivalente compreende duas cepas do vírus Influenza A e uma cepa do vírus Influenza B. A tetravalente contempla duas cepas de Influenza A e duas de Influenza B. A cepa para H1N1 está presente nas duas vacinas”, informa o manual elaboradado pelo Hospital Insraelita Albert Einstein, de São Paulo.
Segundo Denise, há um grande equívoco quando o assunto é se vacinar e devemos prestar atenção nele. “Em 2009, soubemos do H1N1, um tipo de Influenza A. De repente, por uma série de motivos e até pela falta de informações, as pessoas pararam de aderir à vacinação, o que é um grande erro”, comenta. Por outro lado, segundo ela, quem se vacinou no ano passado não precisa se desesperar, mas deve tomar novamente.
Vacina aplicada, é hora de ter uma conversa em casa. Explicar à criança os malefícios de estar doente e como ela pode se proteger fora de casa são pautas essenciais. Se for mais independente, de acordo com a idade, diga para evitar conversar muito perto dos amiguinhos e não compartilhar garrafas, talheres e lanches.
O papel das escolas
Já para as escolas e creches, cabe a função de administrar o problema. “O papel do colégio, mais do que informar, porque isso vem tardiamente, é recusar a entrada desta criança com os sintomas da doença e orientar os pais a mantê-la em casa. Expor, minimamente, ao ambiente coletivo já é um risco. Entendo que é difícil impedir que a família, cheia de compromissos e preocupações, deixe o filho, mas é importante. Além disso, esse pequeno precisa descansar”, finaliza Denise Lellis.
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