Como está o seu colesterol?
No Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, Dasa aponta riscos do descontrole desse índice, que pode gerar doenças cardiovasculares graves
As siglas LDL e HDL podem parecer desconhecidas para algumas pessoas, mas conhecer o significado delas contribui – e muito – para uma vida mais saudável e com menos risco de enfermidades. Isso porque essas letrinhas representam, respectivamente, low density lipoprotein, chamado popularmente de “mau colesterol”, e high density lipoprotein, ou lipoproteína de baixa densidade, uma molécula que transporta as partículas de colesterol ruim. E por que saber disso é tão importante?
De acordo com o dr. Carlos Eduardo Suaide, coordenador médico de cardiologia da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, o colesterol é uma gordura importante no organismo, fundamental para a constituição das membranas celulares e produção de vitaminas, ácidos biliares e hormônios.1 “Do total de colesterol dosado em nosso corpo, cerca de 75% nós mesmos produzimos, e os outros 25% vêm da alimentação. Quando esse índice está aumentado, é um grande fator de risco para a saúde cardiovascular, principalmente quando associado a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e sedentarismo”, aponta o especialista, que também é cardiologista do Delboni Auriemo, marca paulistana de medicina diagnóstica da Dasa.
O tipo de colesterol que, em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias e formar placas que aumentam o risco de infarto e derrame é o LDL. Já o HDL é o responsável por transportar o colesterol ruim de volta para o fígado, onde acontece grande parte de sua fabricação.1
Esse é um grande ponto de atenção. Afinal, as doenças cardiovasculares em decorrência do colesterol alto são a principal causa de mortes no mundo e tiram a vida de 100 000 brasileiros por ano, segundo o Ministério da Saúde.1 Para conscientizar sobre a condição, no dia 8 de agosto é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Colesterol. A data foi criada justamente com o objetivo de prevenir problemas no coração.2
Diagnóstico e prevenção
A dra. Rosita Fontes, endocrinologista do laboratório Lâmina, no Rio de Janeiro, que também faz parte da Dasa, explica que a maioria das pessoas tem colesterol elevado por razões genéticas. Mas, muitas vezes, é possível que apresentem o problema e nem saibam disso. “O hábito de manter uma alimentação rica em gorduras saturadas e pobre em fibras pode piorar essa tendência familiar. Também é importante ter em consideração que a obesidade e a falta de exercícios físicos são fatores que podem predispor ao aumento dos triglicerídeos e diminuição do HDL, o que colabora mais ainda para o desenvolvimento das doenças vasculares e do coração”, diz.
O colesterol alto é uma condição silenciosa, que não apresenta sintomas.1 De acordo com a dra. Fernanda Lopes, endocrinologista do Exame Medicina Diagnóstica, marca pertencente à Dasa, no Distrito Federal, o diagnóstico preventivo é o principal aliado para reduzir casos graves e minimizar o risco genético dessas doenças no organismo. “É preciso monitoramento dos níveis de lipídios para prevenir problemas complexos. Os exames preventivos devem ser realizados pelo menos a cada 12 meses”, recomenda.
Segundo o dr. Carlos Eduardo Suaide, o teste diagnóstico mais utilizado para saber como está o colesterol é a dosagem sanguínea de Colesterol Total e Frações: “um exame simples de sangue que, na maioria das vezes, necessita apenas de 12 horas de jejum e nos informa a quantidade de colesterol total, HDL, LDL e VLDL (frações do colesterol). Os valores de normalidade variam de acordo com o risco cardiovascular de cada um. Pessoas com baixo risco podem ter metas mais altas de colesterol, já as que têm alta probabilidade devem buscar índices mais baixos”, afirma.
O especialista explica que é importante também fazer uma avaliação clínica e, se houver suspeita de outras comorbidades, como diabetes e hipertensão arterial, há um vasto arsenal de exames a serem realizados. “Entre eles estão a dosagem de açúcar no sangue, para afastar a hipótese de diabetes; o MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial), na suspeita de hipertensão arterial; e, para avaliação de doença coronariana, o teste ergométrico, o ecocardiograma, a cintilografia miocárdica e a angiotomografia das artérias coronárias são fundamentais”, aponta.
Há, ainda, métodos de diagnósticos genéticos que devem ser realizados quando existe um tipo de elevação do nível de colesterol no sangue de origem genética, o que exige maiores cuidados e tratamento precoce por conta do risco cardiovascular aumentado.
A dra. Fernanda Lopes lembra também do exame de perfil lipídico, que pode revelar como estão as gorduras no sangue. “Se os índices estiverem alterados, o paciente não deve desanimar. Mas é importante procurar um médico para avaliar se existe uma condição genética associada e começar algumas mudanças na rotina”, diz a médica.
O importante é se manter vigilante com os cuidados do dia a dia, com hábitos saudáveis1 e não se esquecer de sempre consultar um profissional de saúde. “Converse com o seu médico. Ele vai orientá-lo sobre as medidas a serem tomadas e avaliará se há necessidade de associar medicamentos para baixar o colesterol”, reforça a dra. Fernanda.
Referências:
[1] Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde. 08/8 – Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/08-8-dia-nacional-de-prevencao-e-controle-do-colesterol-2/. Acesso em: 04 ago 2022.
[2] Sociedade Brasileira de Diabetes. Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Disponível em: https://diabetes.org.br/colesterol-e-alimentacao/. Acesso em: 04 ago 2022.