Como descobrir se o seu filho é superdotado?
Questionamento vem à tona com caso de Lulu, menina que encanta nas redes, e descoberta como superdotada pelos pais recentemente
Em um vídeo publicado no Instagram, Arthur Luis Cardoso e Maju Mendonça, pais da influenciadora mirim Lulu, decidiram anunciar o diagnóstico de superdotação profunda da criança.
De acordo com o casal, eles sempre notaram habilidades na pequena, como a capacidade de improviso e a facilidade de comunicação. “Fomos atrás de especialistas que pudessem trazer um laudo afirmando isso e tirando qualquer dúvida. E a gente queria aprender a lidar com essa condição e com essa capacidade dela”, iniciou Arthur.
Além disso, os dois comentaram que a filha nunca foi forçada ou treinada para desenvolver as habilidades, e que o processo foi natural. “Talvez, essa capacidade de se comunicar só apareceria com 8 ou 10 anos, mas apareceu com 2”, disse o papai.
Como identificar crianças superdotadas
Prestar atenção no desenvolvimento da criança é a melhor forma de identificar a superdotação. Porém, para uma avaliação mais precisa, é necessário buscar a ajuda de especialistas.
“O termo ‘superdotação’ conota uma ideia de grandiosidade. Por isso, opta-se pela utilização predominante do termo ‘Altas Habilidades’”, informa a psicopedagoga e psicóloga do Grupo Mantevida, Letícia Isabela.
De acordo com ela, os critérios utilizados para diagnosticar uma criança superdotada são baseados em uma avaliação psicométrica das habilidades cognitivas e da criatividade. A profissional também aponta que muitas dessas qualificações são herdadas geneticamente.
Além disso, também será levado em consideração o comportamento, personalidade e habilidades sociais. A observação é um passo muito importante para identificar se uma criança apresenta o desenvolvimento acima da média. Nesse sentido, ter o diagnóstico ainda na infância é muito importante, pois evita problemas de inadequação na escola, por exemplo.
“A concepção de superdotação mais conhecida é no Modelo dos Três Anéis de Joseph s. Renzull. Os três anéis são: habilidade acima da média, capacidade de pensar ‘fora da caixa’ encontrando novas soluções para problemas e diferentes formas de fazer as coisas e compromisso com a tarefa. Quando esses três anéis se encontram em uma pessoa, temos o chamado comportamento superdotado”, complementa a profissional.
Sinais
- Desempenho elevado em artes ou esportes
- Desenvolvimento físico precoce
- Vocabulário amplo e sofisticado
- Facilidade de aprendizado com pouca instrução
- Alta sensibilidade
- Intensidade emocional
- Curiosidade, memória e criatividade aguçadas
- Espírito de liderança
- Alfabetização precoce
Aprendizado e o papel da família
Sobre a abordagem do ensino para os alunos superdotados, Larissa pontua três principais fatores: inclusão, adequação curricular e atendimento psicoterápico e psicopedagógico.
“Alunos com características de superdotação necessitam de oportunidades para desenvolver suas habilidades, o que exige o oferecimento de formas mais práticas para expressar seu potencial. É relevante destacar que, nos superdotados, atividades repetitivas e desestimulantes ocasionam um baixo envolvimento e motivação”, comenta.
Sobre a participação dos pais, a psicóloga pontua: “é importante ser flexível e buscar reconhecer suas potencialidades e limites. De forma que o incentivar possa respeitar as suas características e necessidades”. Assim, o diálogo e a expressão de sentimentos e opiniões são essenciais para incentivar o potencial das crianças sem pressioná-las.
Suporte psicológico
A criança superdotada possui necessidades de brincar, relaxar e se divertir. É importante, portanto, oferecer estímulos constantes. Além disso, elas não são necessariamente reclusas e com pouca aptidão social, apenas podem encontrar problemas para se comunicar com as demais da sua idade.
Desse modo, deve-se ter um olhar individualizado. “É comum que pessoas com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) sejam associadas a alunos de alto rendimento, com notas muito altas e que não necessitam de tanto suporte devido à uma capacidade intelectual relacionada à genialidade”, afirma Larissa.
Nesse sentido, o suporte emocional e psicológico permite que as pessoas com AH/SD tenham a capacidade de entender os próprios sentimentos e os de outros indivíduos, de modo a regular melhor o seu comportamento.
Por fim, a psicopedagoga comenta sobre a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEDF), que oferece atendimento educacional especializado e tem como objetivo a inclusão ou reinserção de estudantes na escola, bem como estimular a socialização e o desenvolvimento, por meio de atividades educativas adaptadas às suas necessidades.
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