Dor, sangramento e verrugas no órgão genital são alguns dos sintomas do HPV (o papilomavírus humano), uma infecção sexualmente transmissível (IST) que atinge 291 milhões de mulheres e outros milhões de homens no mundo, tem cerca de 200 subtipos e está relacionada a diversos tipos de câncer. Apesar dos dados alarmantes, boa parte dos infectados não descobrem o problema, pois são assintomáticos ou não receberam informações suficientes.
Para que mais pessoas saibam do que se trata, a Casa Clã e a MSD apresentarão um talk especial sobre o assunto no dia 10/03, às 14h, com as médicas Andréa Gadelha e Marcia Abadi, e mediação de Helena Galante, redatora-chefe de Claudia, Boa Forma e Bebê.com.br.
Uma a cada duas pessoas já teve, tem ou terá contato com o vírus até o fim da vida. Além disso, a transmissão acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo a via sexual, mesmo que sem penetração vaginal ou anal, a principal forma de contágio, o que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital.
A maioria das infecções por HPV é assintomática ou inaparente, por não ser possível identificar as lesões, e de caráter transitório, regredindo com o passar do tempo. No entanto, existem riscos de que ela evolua e se torne um câncer invasivo no colo do útero, que é a principal causa de morte entre mulheres na América Latina e no Caribe, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Vacinação, uso de preservativos, exames de rotina e diagnóstico precoce são essenciais para o combate ao câncer do colo de útero e outros tumores do sistema reprodutivo. A vacina nonavalente, que acaba de chegar ao Brasil, é a vacina contra o HPV que previne este tipo de câncer e o de vulva, vagina, canal anal, pênis, além de boca e garganta, tanto em homens quanto em mulheres. Além dos quatro subtipos do vírus que a quadrivalente já protegia (6, 11, 16 e 18), ela atua contra mais cinco adicionais (31, 33, 45, 52, 58), que são responsáveis por um acréscimo de 20% dos casos de câncer de colo de útero.
Embora exista vacina oferecida gratuitamente para adolescentes e imunossuprimidos (pessoas que são portadoras de HIV, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos), a cobertura vacinal está abaixo dos 80% recomendados pelo Ministério da Saúde. Em 2022, por exemplo, somente 55,6% das meninas tomaram a segunda dose; contra 35,6% dos meninos.
A vacinação de meninas e meninos contra o HPV é importante para a redução de casos, mas não soluciona sozinha o problema das gerações anteriores: mulheres que não tiveram acesso a essa vacina quando adolescentes e agora estão expostas ao risco de infecções e do desenvolvimento de lesões cancerígenas. Sob uma perspectiva étnica, a problemática é ainda mais grave: a chance de uma mulher negra morrer de câncer de colo de útero é quase 30% maior do que uma branca; as indígenas têm uma chance 82% maior do que as brancas.
Em mulheres de até 30 anos, mesmo aquelas que já trataram lesões causadas pelo HPV, estudos clínicos mostraram redução de até 80% no risco de novas lesões ou reinfecções após a vacinação. Entre mulheres de até 45 anos, benefícios também foram apontados. Sem a cobertura vacinal, esse grupo de pessoas não tem uma das ferramentas mais importantes para lutar contra o vírus e evitar um futuro câncer, motivo pelo qual especialistas defendem a ampliação do público-alvo das vacinas com urgências.
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Casa Clã
A Casa Clã acontece de 8 a 11 de março na Casa Higienópolis, em São Paulo, e é uma iniciativa das nossas grandes vozes femininas da Editora Abril: Boa Forma, CLAUDIA, Bebê.com e Elástica, com patrocínio de MSD e Buscofem, e apoio de Kia, Intimissimi, Calzedonia, Sculptra, ANK Jewellery e LinkedIn.
As inscrições já estão abertas para o público – inscreva-se: dias 09, 10 e 11 de março. Para não perder, siga as redes sociais de CLAUDIA, Boa Forma, Bebê.com e Elástica.