Coceira, ardência, secreção branca em placas como leite talhado: percebeu algum desses (ou todos) sintomas na sua vagina? Pode ser candidíase! “Ela é uma infecção que se dá pela proliferação exagerada do fungo da cândida no canal vaginal. É muito comum as mulheres terem essa infecção com frequência por conta de alguns hábitos do dia a dia”, explica Mariana Betioli, CEO da Inciclo e especialista em saúde menstrual. O incômodo pode durar alguns dias ou até semanas, considerando as condições favoráveis para que a cândida continue se multiplicando.
Importante dizer que ela não é considerada uma IST, “a infecção se dá quando há um desequilíbrio e ela se prolifera mais do que o normal, e é aí que aparecem os sintomas”, mas pode ser confundida com outras infecções vaginais como a vaginose bacteriana – essa última tem odor forte e é mais aquosa. Mariana ressalta que o tratamento pode ser feito com antifúngico, em pomada ou comprimido, ou com banhos de assento. “Mas nada disso resolve o problema de vez se a pessoa não cuidar dos hábitos”, alerta.
Para tanto, evite tudo que abafe a região íntima e desregule o pH vaginal. “Biquíni molhado por muito tempo, absorvente externo e interno, roupas justas, calcinha úmida e consumo excessivo de carboidratos. É muito recorrente que pacientes percebam os sintomas logo depois da menstruação por conta do uso de absorventes externos que abafam a vulva e mantêm a região úmida e quente”, indica a especialista.
Comum em mulheres jovens e adultas, a candidíase também pode aparecer em crianças. “Para evitar a candidíase o ideal é dormir sem calcinha, nunca lavar dentro da vagina, não usar protetor diário, evitar roupas justas e absorventes descartáveis e usar coletor ou disco menstrual ou calcinha absorvente respirável.” Atentas à saúde íntima!